UNIVERSO EM DESENCANTO. DESENCANTO DA VIDA...JOÃODEPAULA
UNIVERSO EM DESENCANTO
DESENCANTO DA VIDA.
O desencanto da vida. A vida é bela quando descobrimos seus desencantos e encantos.
De: João Batista de Paula- Escritor e Jornalista.
A pedra bruta quando lapidada vira um diamante. É assim que devemos ser: o diamante puro, lindo, transparente, para vivenciar a vida com conhecimento da verdade, uma verdade que mediante ao desencanto das coisas e dos seres vivos, nos eleva de nível e nos torna prontos para a compreensão de um mundo novo, um mundo melhor, uma cultura de verdade.
Acredito que quando alguém diz que está “desencantado com a vida”, não deva ser sinal e nem vestígios de melancolia, não. Nem postura de um ser cheio de descontentamento, lamurias, queixumes, revolta ou mal humor.
O tal procedimento de revolta e decepção, deve ser revestido em ação positiva, porque a luz da verdade veio à tona, que devemos ter razão mediante o desencanto da vida, no sentido de abraçarmos o conhecimento e ampliar o mesmo. Ampliar o conhecimento em busca da verdade, pela verdade dos fatos da vida em que vivemos; e que convivemos com os nossos irmãos rumo ao mundo ideal.
A partir do ponto de partida em que ampliamos os nossos conhecimentos em busca da verdade para se ter razão e deixar a emoção de lado; vamos compreender que a vida é, realmente, a verdade que vai nos libertar e desencantar.
A verdade de fazer as coisas bem feitas.
A verdade de que somos filhos de uma mesma verdade.
A verdade que vai nos desencantar e libertar para a vida de amor e bondade.
A razão de ser feliz, muito feliz, por sermos todos felizes, sem o medo, sem a dúvida, sem angustia, sem a desconfiança, sem perdas e danos, porque sabemos ter razão pela cultura do saber.
É preciso desencantar, sair do mundo da fantasia, para que possamos ser felizes. E para sermos felizes precisamos da verdade e ficarmos ao lado e em volta de pessoas também felizes, cheias de razão, luz e verdade. E, ai, adeus ao egoísmo, ao medo, ao isolamento, a luta desigual e constante pelo “ter” mesmo em detrimento de outras pessoas.
Não vale nada viver feliz, se o nosso irmão ao lado não evolui e vive com o eterno medo, inseguro, com incertezas, com duvidas, com fé e esperança, sem que haja a segurança de estar bem e tranqüilo por onde caminhar. Precisamos conhecer a verdade do desencanto para que possamos aceitar as mudanças e ter uma vida feliz, sem as ilusões adquiridas e impostas a vida da gente pelos nossos orientadores e ancestrais.
É necessário a verdade que liberta e que nos tire do fundo do poço; nos tire do sufoco e do analfabetismo das novas culturas, mediante ao desconhecimento do que é real, justo e verdadeiro.
Não adianta nada ser emotivo, viver emocionado com isso e com àquilo, sem ter o conhecimento adquirido pela razão dos fatos e das coisas, que vivemos, que sofremos, que nos alegramos e que nos realizam como pessoa, porque cada coisa tem sua razão de ser.
Precisamos observar os encantos e as nuances do que vivemos, o tintim por tintim, para que com o desencanto das coisas, possamos acreditar e cientificarmos do que somos capazes e incapazes.
O desencanto não é uma decepção...
O desencanto não é uma ilusão...
O desencanto não é o mal...
O desencanto não é a mentira revelada...
O desencanto é a verdade do que estava escondido, camuflado, oculto, abafado, encoberto, longe do nosso conhecimento e da nossa visão, que vai servir de orientação para um mundo novo, um mundo bem melhor
.
É preciso conhecer a verdade tal como ela é para que possamos enxergar e manifestar nosso conhecimento em ralação ao mundo que nos acerca; para que possamos crer na vida que vai além do comum e do simples crédulo de que tudo vai bem e que vai ficar bem, sem que possamos abraçar a verdade e o conhecimento; e a razão dos fatos em que vivemos.
Acredito que quando alguém diz que “está desencantado com a vida”, não deva ser um momento de tristeza, sinistro, melancólico e de baixo estima. Algo maculado...
O descontentamento mediante o desencanto do mundo que nos acerca; seres vivos, animais e vegetais, pessoas e várias outras denominações, sociedades e segmentos variados; deves ser o de ter gratidão e não o descontentamento, lamuria, queixume, revolta ou mal humor.
Sabe por quê? Porque estamos ampliando os nossos conhecimentos em ralação a verdade e a razão que evoluem.
Tal procedimento e atitude devem ser o de ter razão com o desencanto da vida, no sentido de ampliar o conhecimento dos fatos e da vida em que vivemos e que convivemos com os nossos irmãos onde caminhamos para um mundo feliz e divino.
Tudo tem uma razão e um motivo de ser. E para elevarmos os nossos níveis de conhecimentos, nada além da verdade e do processo do desencanto e encanto da realidade em que vivemos.
Quem quer viver sofrendo? Ninguém.
Quem quer tristeza? Ninguém.
Quem quer dor? Ninguém.
Quem quer pobreza, doença e conflito? Ninguém.
Quem quer viver só de promessas, esperança e fé? Ninguém.
Vamos ao conhecimento da cultura que abraçamos e avançar muito mais, porque o encanto e o desencanto da vida se fazem necessários para nossa maior compreensão do que é viver feliz e muito feliz, sem a doença, a pobreza e o conflito. A pedra bruta precisa ser lapidada...
Não devemos viver nesse ou naquele modo de que estou feliz agora e mais tarde estou triste; estou rico agora e mais tarde pobre; Estou com saúde agora e mais tarde estou doente; Estou rico de amigos agora e mais tarde pobre de amigos.
Nada além da verdade...
Estou livre agora e mais tarde estou preso; Estou vivo agora e mais tarde morto; Estou saltando de felicidade agora e mais tarde parado de tristeza.
Desencanto não é sinal de fraqueza, nem deixar por baixo a esperança, a fé, o desejo de que tudo que almejamos vá por água abaixo; mas, sim, o merecimento de sabermos que voga muito mais a verdade e a cultura racional.