MINHA NOITE DE PÂNICO 30/09/2015

Vocês que me acompanham, sabem o quanto eu sou uma pessoa positiva, tento ver beleza em tudo, e não deixo as pedras que tenho que pular pelo caminho me derrubarem. Vou ficar uns dias sem entrar no Recanto, pelo menos até sábado 03/10, estou sem condições de pensar no momento, só o trabalho é que está me ajudando a enfrentar o que me aconteceu ontem, só Deus mesmo,  para me manter focada e ainda com fé na humanidade.

Ontem dia 30/09, um dia enlouquecedor, para quem trabalha na área financeira, ninguém me substitui no meu emprego, para que eu falte, só se, o meu marido que também trabalha no mesmo lugar fizer o principal do dia, com a minha orientação à distância.

O meu marido, quase desmaiou de dor, e não sabia o motivo, só sentia uma forte dor no abdômen, foi para o médico e só pude ir encontrar com ele na emergência às 22:30hs, cheguei lá ele estava sendo medicado para dor, no soro, já havia feito exames de laboratório e tomografia e a médica estava aguardando o resultado, era uma forte infecção urinária e inflamação no rim, esse era o motivo da dor.

Lá do hospital eu tentava ligar para a minha casa em vão, nada do meu cunhado ou minha irmã atenderem, já passava de meia-noite e eu não conseguia avisá-los do que estava acontecendo. Saindo do hospital, fomos procurar uma farmácia 24hs aberta, para comprar os medicamentos que foram receitados pelo médico. Chegando em casa, encontrei meu cunhado com cara de choque, ele muito gentil perguntando pela saúde do meu marido, respondemos, mas, a cara dele estava muito estranha, eu disse a ele que tentamos ligar, mas, eles não atendiam, então, veio a bomba mor.

Minha irmã às 19:30hs, sofrera uma tentativa de assalto, a cinquenta passos do prédio onde residimos, três motoqueiros, um deles com uma garota na garupa, jogaram ela no chão, surraram, chutaram sua barriga, o medo e os golpes, no rosto e no ventre, fizeram com ela se urinasse toda, tentaram tirar sua aliança, não conseguiram e quase quebram o dedo dela, começou a chegar gente na rua, inclusive meu cunhado, fugiram sem levar nada e ela ficou jogada no asfalto aos prantos, um absurdo covarde demais. Ela está muito assustada, mas, graças à Deus, nada de mais grave com a saúde física dela aconteceu, estou no trabalho com meu marido, pois a vida tem que seguir seu curso, tentando superar essa noite de pânico.

Não me esqueçam, cuidem-se, Deus os proteja, me leiam quando puderem, volto logo, se nos incluírem em uma oração confortadora, desde já agradeço. Não me esqueçam.

Abraços fraternos, me desculpem, se não envio o sorrisosde sempre, pois hoje não estou conseguindo mantê-lo aberto, por motivos óbvios.
 
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 01 de outubro de 2015.
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 01/10/2015
Reeditado em 01/10/2015
Código do texto: T5401259
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.