AOS RECANTISTAS

Durante a tempestade de areia
Que nublou o meu peito aflito
Descobri alentos afetivos
Onde menos esperava
No recanto poético
Aplaquei minhas mágoas
Com letras feias
Dissonâncias rasgadas
À fórceps transfiguradas
O bruto dilacerar
Revelou um lado crú e negro
Que eu nem reconhecia
Bálsamos encantados
De palavras amáveis
Serenaram meu vulcão
Reabriram meu sorriso
Expulsaram os véus dos olhos
Desobstruíram o clamor do trovão
Obrigada por removerem de mim
Os vendavais da fúria
E me devolverem
O amor no coração


Fiquem com Deus!
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 06 de setembro de 2015.
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 06/09/2015
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T5372760
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