Ser humano é ser diferente

Pouco mais de trinta dias para o final do ano; alguns dizem - e olha só como passou rápido – outros falam - bem que poderia ter durado um pouco mais. Entretanto, já parou para pensar nas suas realizações e conquistas?

Fez alguém chorar; ou negou, ajudou, perdoou e pediu perdão? Talvez nem se lembre mais de coisas, que julga desnecessárias, mas, pare para pensar alem.

Recorde-se de pessoas que passaram por sua vida, as quais você nem prestou atenção, porque eram diferentes do status imposto por nossa sociedade leviana. Sim, as que seu preconceito “secreto” ignorou, não é preciso nem citá-las, você sabe quais.

Bom, então vou contar o que realmente se passa na cabeça delas, diante de algumas situações:

Se humilhadas e recebendo risadas irônicas, despencam de um abismo.

Se ignoradas, como se não existissem, lentamente desaparecem.

Se lhes lançam um olhar de desprezo, incriminador, congelam, de medo.

Se ouvem palavras destrutivas, seu coração é atravessado por um dos piores venenos.

Se pressentem um sentimento de dó, ficam com raiva de si mesmas.

Quantas vezes lágrimas não rolaram por suas faces cansadas, e por quê? Pois, acredita que todos tem que ser iguais, e com um agravante, iguais a VOCÊ!

A diversidade do nosso país é maravilhosa. Somos um caldeirão borbulhante de diferenças, um hibridismo mestiço, uma linda mistura. Para que nos tornarmos uniformidade, se somos um todo? Francamente, realmente te importam detalhes tão fúteis?

O fato é que, a esperança que cresce incessantemente nestas pessoas é inapagável. E você é diferente? Elas ainda tentam ver o mundo com bons olhos; esperam diariamente por uma palavra amiga, verdadeira. Sempre se olham no espelho procurando seu “eu”, que há muito foi perdido. A superação do ser é uma batalha sem fim.

E culpe-se mesmo, por que grande parte do que esta pessoa sofreu foi por você, por mim, por nós, por esta ideia absurda da perfeição, tão piegas e idiotizante.

Quanto tempo ainda temos? - Ah! Mas tem o próximo ano – será? Até quando e por quê guardar esse ódio e essa magoa? Por favor, está é uma suplica em nome de todos: olhe para si; sua composição orgânica, não é eterna, vai virar pó um dia, e o que sobrará, meu caro, minha cara. São os teus feitos, os sorrisos que fez brotar, o amor que deixou para a geração futura. Agora, o mal que você possa ter feito a estes batalhadores incansáveis, esse, só deixará marcas irremediáveis de um tempo de sofrimento e descaso.

Absorva essa lição intensamente “... só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer...” (Antoine de Saint-Exupéry)

Fernanda Koziel
Enviado por Fernanda Koziel em 19/08/2015
Reeditado em 09/09/2015
Código do texto: T5351443
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.