Estados emocionais
Como seria fácil ser igual em todos os aspectos desejados, ser a marca de uma boa moral. Teríamos menos sangue correndo, não teríamos a dor de partir. O problema é que nada mais teria graça, não passaríamos de escravos que nunca exercitaram a liberdade.
Contamos com os valores e com as pessoas, os valores envelhecem e as pessoas uma hora morrem. Ficamos esperando pela notícia boa e falta-nos coragem para que as nossas ações sejam notícia. Quando estamos potentes parece que nada irá atrapalhar e no primeiro obstáculo que foge do planejado não temos mais forças.
Lágrimas tão sujas que não são dignas de serem secadas pelos lenços muito bem guardados nos mais finos paletós dos senhores. O sorriso nem se fala, mesmo o dia não tendo começado é difícil de acontecer. Uma negatividade medíocre e um medo de conhecer o lado sombrio das coisas que faz com que a vida seja de uma chata promessa de paraíso.
A vontade que existia foi engolida pela moral, o amor que brilhava perdeu o brilho. Das aventuras não restaram nem os aventureiros, do medo de lutar nasceu a morte indefinida da coragem. Cantaram como se estivessem reclamando e choraram como se o choro fosse resolver todos os problemas.
O sangue ainda corre e a vida continua, a força ainda existe e o amor adormece. Existe sim uma natureza superior dentro de cada um, mesmo que a maioria nunca consiga despertar. Quem questiona não é inimigo, quem é questionado tem a chave que abre todas as portas.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.