Um dedinho de prosa

Você realmente não tem a obrigação de agradar a ninguém.

Entretanto, não estranhe quando as pessoas de quem você mais gosta, resolverem pelo afastamento do seu convívio por não suportarem seu comportamento.

A autenticidade pode existir adornada por gentilezas. Não é necessário expor ao público os detalhes desagradáveis de sua personalidade, principalmente se o grupo em questão representar seu círculo social mais constante.

As gentilezas não são contrárias à sua vida ou à sua personalidade. Ao contrário, é no seu exercício que angariamos conhecimento e percebemos o burilamento da alma primitiva em um ser rarefeito que pode encontrar a felicidade em meio às mais diversas culturas.

Claro que esse conhecimento e essa percepção gradativos nem sempre são agradáveis. Em geral experimentamos a vontade de desistir na primeira tentativa de convívio. Afinal, reconhecer e recolher o outro, é como receber outro mundo dentro do seu.

Fisicamente, impossível. Psicologicamente, perigoso. Culturalmente, suicida.

Você poderia se perguntar: Correr esse risco, para quê?

Antes de responder a essa pergunta, faça-se outra:

Recebeu sua vida para isolá-la ou para vivê-la?

Pedro Aldair
Enviado por Pedro Aldair em 24/07/2014
Reeditado em 24/07/2014
Código do texto: T4894516
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