Acerte os ponteiros

A vida é mesmo

Uma caixinha de surpresa

Num dia feliz cheio de charme

Esbanjando saúde.

No minuto seguinte

A vida se transforma

Uma nova vida na própria vida

Uma reviravolta total.

Às vezes para melhor

Às vezes nem sabe o que pensar.

A vida curta que temos,

Os muitos momentos que vivemos.

A felicidade ao alcance das mãos

Que não conseguimos alcançar

A como seria bom ser inocente

A mente esvaziada de tolices

De certezas cruas, de certezas suas.

Apenas suas.

Ah! Como seria bom ter a leveza

Do frescor da manha ao despertar do sol.

Como seria esplêndido ser beija-flor

Como seria mágico ser feliz o tempo todo.

Quantas tolices a nos prender

A amarração que não desatam

Que atam nossas virtudes

E afloram nossos medos.

Medo de ser feliz.

Pois nos preocupa mais

O que os outros pensam

Do que o que realmente nos interessa.

Particularmente me importo muito comigo.

Prezo pelo que acho certo a meu ver.

E assim discreta ou indiscretamente

Aos olhos alheios, sou egocêntrica.

Não me importa, pois eu tenho menos

Mas o que tenho me pertence.

Não vivo o sonho de ninguém

Não divido as riquezas que não são minhas.

Gosto de ser eu mesma o tempo todo.

Agradar e aliviar meus dias me afastando

De corpo e alma, do que não me faz bem.

Abro meu coração para que um médico

Não precise abrir.

Sinto raiva sim! Mas dissipo.

Espalho meus medos,

Divido minhas saudades.

Não permito que a minha mente invente

E se inventar que seja poesia, melodia, canção.

MARGARYDA BRITO
Enviado por MARGARYDA BRITO em 19/03/2012
Código do texto: T3564043
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