Acerte os ponteiros
A vida é mesmo
Uma caixinha de surpresa
Num dia feliz cheio de charme
Esbanjando saúde.
No minuto seguinte
A vida se transforma
Uma nova vida na própria vida
Uma reviravolta total.
Às vezes para melhor
Às vezes nem sabe o que pensar.
A vida curta que temos,
Os muitos momentos que vivemos.
A felicidade ao alcance das mãos
Que não conseguimos alcançar
A como seria bom ser inocente
A mente esvaziada de tolices
De certezas cruas, de certezas suas.
Apenas suas.
Ah! Como seria bom ter a leveza
Do frescor da manha ao despertar do sol.
Como seria esplêndido ser beija-flor
Como seria mágico ser feliz o tempo todo.
Quantas tolices a nos prender
A amarração que não desatam
Que atam nossas virtudes
E afloram nossos medos.
Medo de ser feliz.
Pois nos preocupa mais
O que os outros pensam
Do que o que realmente nos interessa.
Particularmente me importo muito comigo.
Prezo pelo que acho certo a meu ver.
E assim discreta ou indiscretamente
Aos olhos alheios, sou egocêntrica.
Não me importa, pois eu tenho menos
Mas o que tenho me pertence.
Não vivo o sonho de ninguém
Não divido as riquezas que não são minhas.
Gosto de ser eu mesma o tempo todo.
Agradar e aliviar meus dias me afastando
De corpo e alma, do que não me faz bem.
Abro meu coração para que um médico
Não precise abrir.
Sinto raiva sim! Mas dissipo.
Espalho meus medos,
Divido minhas saudades.
Não permito que a minha mente invente
E se inventar que seja poesia, melodia, canção.