FICADAS DE FIM DE SEMANA
Estamos vivendo na era das facilidades. Facilidades de créditos, imóveis, consórcios, estudos e quem diria, facilidades até de relacionamentos. São crescentes e recorrentes as “ficadas de fim de semana” de jovens, adolescentes e adultos. Ficar com alguém sem compromisso, sem ao menos saber quem é, de onde vem, pra onde vai, é no mínimo, corajoso.
O que nos motiva a olhar uma pessoa, se aproximar dela ou deixar que ela o faça e, sem muitos rodeios, “ficar com ela”?
O que procuramos em nós, não encontramos e saímos em busca de encontrar em alguém que não se conhece ou se conhece bem pouco?
O outro me proporcionará “momentos de prazer”? Certamente sim, certamente não, talvez!
Até onde essas atitudes são realmente saudáveis ou até onde elas nos tornará pessoas melhores?
Imaginemos um “copo descartável” cheio de água e você sedento de sede. O primeiro passo é querer esse copo cheio de água, nada mais óbvio. Mas se estivermos num deserto escaldante, esse mesmo “copo descartável” não poderia ser fruto da nossa fértil imaginação?
Poderemos até tomar essa água, mas continuaremos sedentos de sede e querendo sempre mais um, e mais um e isso se tornar um ciclo vicioso, no imenso deserto que se transformou o nosso coração.
Esta nova modalidade de relacionamentos seria culpa exclusivamente dos homens que não querem mais compromissos sérios ou culpa exclusivamente de nós, mulheres, que estamos facilitando demais?
Cientificamente estamos vivendo mais, mas será que estamos mesmo vivendo melhor?
A cada um cabe sua própria resposta interpretativa