Re-ligare - a busca pelo transcendental

₢ Dalva Agne Lynch



A religiosidade do homem está diretamente ligada à sua impotência perante as forças da natureza, seja ela exterior ou interior.
 
Não chego ao ponto de dizer que o homem criou um deus, é claro. Mas sim, ele criou "métodos" de "re-ligare", ou seja, criou as diversas religiões, cada uma de acordo com suas idiossincrasias.
 
Nenhuma religião, seja ela qual for, muda a situação de separação do homem com as forças e poderes superiores, simplesmente porque a única coisa que mudaria isto seria que O HOMEM MUDASSE.
 
Outra vez temos a simbologia da Torre de Babel - o homem tentando alcançar os céus através de sua tecnologia, sua ciência e seu poder.
 
Ou a simbologia do Arcanjo com uma espada de fogo, guardando o Jardim do Éden, para que o homem não comesse do fruto da Árvore da Vida, e fosse eterno em sua miséria.
 
O que tudo isto tipifica é que as forças que levariam o homem a se re-ligar estão dentro dele mesmo. As mesmas forças criadoras do universo estão dentro dele. Mas elas não podem ser acessadas enquanto o homem se encontra neste seu precário estado de evolução.
 
As religiões orientais, e as práticas milenares da Yoga e da Meditação (e incluo aqui as meditações da Kabbalah), são um método muito eficiente, porque elas contribuem para que o homem controle suas forças interiores e seu próprio corpo, permitindo assim a paz e calmaria que o levariam a perceber o que é nessecário para que este almejado "re-ligare" aconteça.
 
Mas, se eu disser que essa força, que criou o universo e que está, latente, dentro de cada ser, e é atingida apenas em um estado de paz e calmaria, é real e FUNCIONA, vocês me chamariam de doida.
 
Contudo, ela exige do homem algo que ele esqueceu: INOCÊNCIA. Não a inocência do não-conhecimento, mas a inocência de não ser culpado.
 
Porque essa força se chama AMOR - a própria essência do Eterno, e o único caminho dado ao homem para que atinja a transcendência
 
Simples assim.


foto: trabalho encontrado na Net. Se vc conhece o autor, por favor deixe-me saber
Dalva Agne Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch em 08/01/2009
Reeditado em 31/12/2010
Código do texto: T1374140
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