Arranha-céus

Esse ano está sendo atípico pra mim, pois precisei encerrar alguns ciclos e me afastar de algumas pessoas que amo muito, mas que estavam me fazendo mal. E como ocupar um lugar de vitimismo nunca foi a minha praia, decidi me abster de morar na angústia, e escolhi caminhar. Hoje me sinto mais confortável pra falar sobre, ao olhar para trás sem sentir dor. Mas confesso, já doeu bastante. Só que a vida é também sobre se jogar em abismos necessários, e não se apegar somente ao medo de cair, mas sobretudo, flutuar sobre eles. Porque deles vêm a dimensão do quanto podemos nos proporcionar tranquilidade, cura, resiliência, amor próprio e todas aquelas coisas que mensuram o quanto de aprendizado e força juntamos dentro de nós. Passado o tempo adverso, é possível ressignificar tantas coisas, que descobrimos o quão fundamental é se jogar de olhos fechados, sobre o tal caos, que outrora nos "adoecia", sem nem se dar conta que ganhamos asas, e alcançamos o horizonte que nossa alma merece, num vôo lindo e livre, daqueles capazes de tocar o céu.

Agora sim posso dizer, estou em paz!

Brenda Botelho
Enviado por Brenda Botelho em 13/07/2023
Reeditado em 15/07/2023
Código do texto: T7835873
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.