Arranha-céus
Esse ano está sendo atípico pra mim, pois precisei encerrar alguns ciclos e me afastar de algumas pessoas que amo muito, mas que estavam me fazendo mal. E como ocupar um lugar de vitimismo nunca foi a minha praia, decidi me abster de morar na angústia, e escolhi caminhar. Hoje me sinto mais confortável pra falar sobre, ao olhar para trás sem sentir dor. Mas confesso, já doeu bastante. Só que a vida é também sobre se jogar em abismos necessários, e não se apegar somente ao medo de cair, mas sobretudo, flutuar sobre eles. Porque deles vêm a dimensão do quanto podemos nos proporcionar tranquilidade, cura, resiliência, amor próprio e todas aquelas coisas que mensuram o quanto de aprendizado e força juntamos dentro de nós. Passado o tempo adverso, é possível ressignificar tantas coisas, que descobrimos o quão fundamental é se jogar de olhos fechados, sobre o tal caos, que outrora nos "adoecia", sem nem se dar conta que ganhamos asas, e alcançamos o horizonte que nossa alma merece, num vôo lindo e livre, daqueles capazes de tocar o céu.
Agora sim posso dizer, estou em paz!