Fé e orações: para vencer as dificuldades do aprendizado!
‘- Desculpe-me, mas acordei na madrugada,
Então pus-me a escrever: e saiu isso. Acho
Que estava precisando desabafar... e vejo
que acabei dando testemunho da minha fé
cristã! Louvado seja Deus!’
Escrevendo ao som de
Hinos Orquestrados CCB
https://www.youtube.com/watch?v=GCgmUqGuQj8&t=24s
"A fé sem obras é morta!"
Em casa recebi a educação para como me comportar comigo mesma, com meus pais e com meus irmãos. Não exatamente nessa ordem. Porém foi através de meus pais que aprendi muito sobre respeito, dedicação, cuidado com o próximo, limites, hierarquia, trabalho...
Antes de ir à escola, desde antes de dois anos, fui levada à igreja, porque minha mãe, convertida à graça ofertada através da Congregação Cristã no Brasil, passou a ir, me levando e levando minha irmã mais velha, e meu irmão, que estava em seu ventre. Quando ela desceu às águas do batismo estava grávida de mais ou menos seis meses. Meu pai resistiu por sete anos: mas nos levava até às portas da igreja, e ficava debaixo de alguma árvore, enquanto aguardava o culto terminar.
Foi na igreja que recebi ensinamentos sobre fé, esperança, fraternidade, medo do pecado (que hoje sei que são os crimes que as pessoas comentem contra si mesmas e contra os próximos: transgredir as leis de um pais é crime: logo, transgredir as Leis de Deus é crime!)
Foi também na igreja que aprendi a "Falar com Deus". Diretamente, sem intermediário humanos, mas através da oração, de joelhos, falar com Deus, através do único intercessor que recebi: Jesus Cristo, Pastor Divino! A fé nasceu em mim muito cedo: desde muito pequena eu orava muito: sentia necessidade de estar constantemente 'falando com Deus'. E apresentada a ele todas as necessidades que eu estava a sentir. Orava pela paz e proteção da minha família; orava e fazia votos para suportar e vencer a doença que me atingia, a bronquite alérgica e asmática (que depois fiquei consciente que era provocada por emoções mais acentuadas que eu pudesse estar a passar, como por exemplo, ter que enfrentar uma prova escolar; ou presenciar as brigas dos meus pais, entre si ou com minha irmã mais velha, porque as broncas eram gritadas)... Então eu orava, e fazia votos, e quando recebia o resultado do meu pedido, levantava na igreja e ia à frente, agradecer pela graça recebida.
Então, quando, aos sete anos fui à escola, já tinha educação sobre como que comportar, com respeito, com as pessoas mais velhas, como me relacionar com as demais pessoas, colegas de sala. Diante do que, não tive dificuldades em me adaptar à nova situação, pois na igreja recitava com as demais crianças da minha faixa etária, na frente próximo ao púlpito, de pé: recitávamos algum verso de algum livro da bíblia, que a "Auxiliar de Jovens', nos passava em pequenos papeis que chamávamos de 'recitativos'... Então antes mesmo de ler, já decorava 'recitativos' para apresentar aos domingo de manhã, quando ia, com meus irmãos, aos Culto de Jovens de Menores, junto a Congregação C.B.
" O temor a com Deus, é o princípio da sabedoria!"
"Sem fé é impossível agradar a Deus!"
Obedecer aos mandamentos sobre honestidade, amor ao próximo: "Não riam das desgraça alheia": ensinamentos assim nos vinham, do Cooperador de Jovens, que atendia aos cultos de Jovens, aos domingos.
É, porque na Congregação Cristã no Brasil, foi entendido que o único Pastor que precisamos para nos orientar, através de Seu Espírito Santo, é Jesus Cristo! Então os demais membros são Cooperadores, Anciãs, Diáconos, e demais membros do ministério, para o funcionamento da Obra de Deus, de acordo com as Leis vigentes em cada época, desde o início da Igreja, no Brasil, até os dias atuais, sendo que cada vez mais as exigências legais se tornam mais rígidas. Salientando que os membros de qualquer dos ministérios da Igreja, nada recebem de salários, pelos serviços prestados ao funcionamento da Obra: são voluntários, que recebem seus benfazejos benefícios, através das bênçãos que creem que recebem de Deus: e quanto maior a fé e a crença, e o amor com que exercem suas atividades junto à irmandade, mais bênçãos recebem, tanto material quanto espiritual. Não são perfeitos, são homens, porém buscam se guiar dentro da doutrina cristã de Amor, Respeito, Caridade, serviço ao próximo, levando ao conhecimento das pessoas, as Doutrinas ensinadas na Bíblia, principalmente as que se complementam com o Novo Testamento, onde Jesus Cristo deixou ensinamentos de como devemos nos amar, amar ao próximo como a nós mesmo, e a Deus sobre todas as coisas, buscando nos corrigir de nossos erros e defeitos, nos enquadrando no que é mais justo, correto, santo.
"Não devemos ficar nos primeiros rudimentos da fé!"
O gosto pela leitura se Deus porque eu precisava para ler a bíblia, cantar os hinos, e ler os livros apresentados aos estudos na escola. E através disso, como lazer e por prazer, e para tornaram minha vida mais agradável, já que à época, apesar de todas as atividades que desenvolvia, eu a achava 'sem graça': na verdade eu me achava 'sem graça'... Diante de tantos heróis e heroínas Bíblicos, eu me sentia pequena. E ler foi um dom de Deus na minha vida, pois me abriu os olhos para várias outras realidades que existem no mundo, além do meu mundo limitado. Viajei nas asas da imaginação, através dos contos de fadas, dos romances açucarados, as aventura de ‘Gulliver’, das estórias sobre os deus do Olimpo, e tudo o mais que 'caiu' em minhas mãos: era uma devoradora de livros, revistas, gibis, fotonovelas, e jornais lia as partes que mais me interessavam: e não eram as de política e esportes, diga-se de passagem: mas sempre tinha algo que me chamava à atenção, tipo os quadrinhos com alguma estória interessante;ou algum artigo sobre arte, cultura, religião...
Apesar de todas as proibições para não termos acessos a conteúdos perniciosos, eu li de tudo, inclusive sobre sexualidade, um grande tabu e 'pecado de morte'... Mas apesar de ser casta, era curiosa, e interessada em saber dos mais variados assuntos. E isso me tornou uma pessoa de mente aberta, que não conseguia crer apenas nas 'limitações da igreja', mas apesar de respeitar a doutrina, sempre buscava 'saber mais'...
Então por conta disso, às vezes me sentia 'um tanto rebelde', porque mais que crer no que era pregado, cria em Deus, e Nele buscava orientação para 'saber viver'.... E apesar de sermos pobre, sem condições de comprar livros, minha mãe trabalhava em casa de pessoas de classe média/alta, e livro/revistas, gibis, jornais, era o que mais tinha: então quando alguns era postos para o 'descarte', eles vinham às minhas. Além do que a biblioteca tinha livros interessantes, que eu sempre pegava mais que um, para ler em poucos dias e devolver, para poder pegar outros... Não ficava sem ler 'como Hobbies' quase nem um dia.
Diante de todo o aprendizado adquirido, minha mente, e minha intelectualidade, foi se desenvolvendo. Desenvolvi trabalhos em casa dos meus pais, cuidando de casa, irmãos menores, estudando; como babá, como empregada doméstica, como professora eventual (substituta – ainda em são Paulo), e o primeiro registro em Carteira de Trabalho foi como bancária, junto ao então Banco Bamerindus, isso em 1984/abril, já em Rondônia.
Porém até chegar a isso passei por vários problemas, inclusive emocionais, sendo por conta disso internada, por duas vezes, em clínica para tratamento psiquiátrico: meu pai era metalúrgico e o convénio de saúde que tinha era bom. Então essas clínicas eram de boa qualidade, sendo que numa, a melhor, fiquei por 30 dias ‘presa’ ... E na outra, por 15 dias.
A primeira crise emocional veio com meus 18 anos. Havia recente recebido o “Batismo do Espírito Santo” que é uma coisa sobrenatural, e maravilhosa, porém trouxe provas espirituais para minha vida: acho que as pessoas que estavam por perto, invejaram o dom, e isso trouxe lutas, que tive que vencer com minha fé em Deus, orações, que tanto eu como minha família e irmandade faziam por mim. Minha mãe quis que eu interrompesse meus estudos escolares (ela e meu pai pouco tinha de escolaridade – porém nunca nos impediram de estudar), mas assim que melhorei, retornei ao Segundo Grau, ainda em São Paulo, terminando em Rondônia, em 1985. Estudar foi um esforço meio que sobrenatural que dispendi em minha vida, guiada por uma força que eu sentia que meio que ‘não era minha’ ... Eu ia ‘seguindo o curso’ da caminhada, sem muito enxergar o ‘porquê’ das coisas ... Então assim que teve faculdade em Rolim de Moura/RO, Federal – UNIR – passando no vestibular, passei para fazer LETRAS, isso no período de 1989/92. Então já trabalhava no Fórum/Rolim, que entrei por ter passado em concurso público, sendo empossada como servidora da justiça, em maio de 1986.
Foram dois anos de trabalho no Banco Bamerindus, e 33 anos de trabalho junto ao Tribunal de Justiça de Rondônia. Todas a provações possíveis, imagináveis e inimagináveis eu passei. Provas espirituais e materiais. Perseguições visíveis e invisíveis, que eu vencia com minha fé em Deus, através das orações, às vezes recebendo as dores das tormentas sem entender direito o que estava acontecendo, mas enfrentando tudo, destemidamente, porém as provas espirituais traziam transtornos físicos e mentais, e vencer isso foi em extremo sofrido.
"Buscai, antes, o Reino dos céus, e as suas virtudes,
e as demais coisas vos serão acrescentadas..."
Hoje, tendo passado por tudo o que passei, tendo passado por períodos de profunda escuridão, movimentos de negatividade querendo minar a minha fé e confiança em Deus, vejo o quanto recebi e ajuda divina, material e espiritualmente falando.
O período mais difícil foi quando, depois de concurso interno para Escrivã Judicial (que cargo de Direção, coordenação, Orientação, em Cartórios, junto às Varas Judiciais), passei a ser Escrivã da 1[Vara Cível de Rolim de Moura/RO. Assumi um Cartório cheio de processos físicos (mais de três mil processos), poucos funcionários, e algumas máquinas de datilografia (poucas).
Era um mar de processos em pilhas espalhadas por todos os lados, nas mesas, no chão atrás da minha mesa tinham várias pilhas, e nos armários.... Era um terrível e profundo ‘caos’ ... Eu iniciei me sentindo uma pessoa que ficou de repente cega, e tateava no ‘escuro’, tentando encontra o ‘fio da meada’: foram 14 anos de dedicação exclusiva, cujo tempo disponível, que eu considerasse ‘ocioso’, eu ia ao cartório, trabalhar além do horário, à noite por mais duas a três horas, nos sábados de manhã, feriados, domingo a tarde. Quando o pai das minhas filhas resolveu largar da igreja e da família, um dos motivos que ele apresentou era que: “- Você não tem tempo, mais, pra mim!”... Até hoje, de todas as dores que senti, a da separação marital foi a mais profundamente dolorosa: eu digo que sei o que seja o ‘vale do inferno’: creio que é pior do que o ‘vale da sombra da morte’, pelo qual já passei, algumas vezes, e sei o quanto é terrível, doloroso, e até cruel... Porém todas as dores emocionais desbravaram minha capacidade mental para o raciocínio das minhas emoções, reações, ações... Hoje sou uma pessoa melhor, mais consciente, mais humilde, mais amorosa, piedosa, compassiva, caridosa: apesar de ainda ver em mim vários ‘defeitos’, como não aceitar ser desrespeitada, por exemplo.... Então eu brigo e até ‘xingo’ (o que não gosto, mas é como ‘um espinho na carne’ que ainda não consegui retirar) ... Longo foi o meu tempo de estar calada, o qual eu denomino o meu ‘tempo de aprendizado’ e, depois disso tudo, quando iniciei como Escrivã/Diretora de Cartório, passei a ter que ensinar o que tinha aprendido, e a cobrar resultados, que eram cobrados de mim pelo Juiz chefe imediato, advogados, partes, Corregedoria do TJ... Então tive que aprender a me comunicar, logo a falar: daí me especializei na fala, além da escrita que eu já exercia à muito...
E tendo recebido o ‘direito de falar’, passei a raciocinar e, com isso, passei a exercer o meu ‘direito de defesa’ ... rs ... Então sempre que sinto necessidade ‘rasgo o verbo’ ... Não sou considerada uma pessoa ‘normal’ ... Recentemente alguém, uma amiga da igreja que sou mais próxima, disse que alguns irmãos falaram que eu sou ‘uma louca inteligente’ ... É mole?
Quem sabe quando eu partir, meu nome fique nos Anais da História...?? rs
"Fé, Esperança e Caridade: mas a maior delas é a Caridade."
(a Caridade é o exercício do amor próprio e ao próximo)
Hoje, aposentada, tenho uma vida familiar, emocional, espiritual e financeira equilibradas.
Minha saúde está melhor que quando entrei no Tribunal de Justiça, já que tinha o problema com a bronquite, que Deus me curou, através dos anos do exercício da minha fé com Ele. E atualmente não tenho nenhuma doença crônica, sendo que sinto menos dores do que o período de mais dores da minha vida, que aconteceu durante os 35 aos 50 anos.
Cuido da minha saúde física e mental, e aos poucos vou me acondicionando a minha nova realidade espiritual: que não está sendo fácil, mas que com a ajuda de Deus, como sempre, vou me aprimorando, e vencendo as ‘dificuldades do aprendizado’.
Nessa fase da minha vida vejo que atingi um ângulo de 360 graus: e reinicio uma nova estava, onde começo ‘do zero’, só que com toda a ‘bagagem’ de conhecimentos, que tenho adquirido até aqui. E já estou me matriculando no curso de especialização de Didática do Ensino Superior: preciso repassar à sociedade tudo o que dela tenho recebido: ao menos um pouco, passar conhecimentos, para talvez facilitar mais a vida das pessoas. Porque é com as experiências dos outros que crescemos, não fosse assim, não precisaríamos dos livros, e dos professores.
(na releitura, vi erros, volto pra corrigir depois,
agora vou ver se volto a dormir. Aqui, 27/9/2019 - 03:48hs)