Natal: é tempo do que mesmo?
Sempre que chega o final do ano, ficamos em um clima um tanto festivo. Passamos a ver filmes que julgávamos idiota, dizemos que sentimos saudades, somos mais crianças, não no sentido da imaturidade, mas no sentido da inocência.
Percebemos que os erros de mais um ano passaram. Erros que, no ano passado, julgávamos nunca mais repetir. Mas errar é humano. Somos todos errantes caminhantes. Mesmo assim, prometemos de novo e de novo não cometer os mesmos erros.
Vivemos um período familiar, que mesmo abalado, é bonito. Esquecemos um pouco as brigas, brigamos mais, mas, pelo clima, logo passa. Lembramo-nos dos que já foram e dos ‘inda poderão vir.
Sonhamos com tempos melhores, diferentes das turbulências que seguirão neste ano. Afinal, quando um ano termina, ele começa de novo. Não! Como assim? Se um ano termina, ele acaba. Então, começa outro, diferente.
Desejamos mais também. Desejamos que novos amores viessem ou que velhos amores retornassem. Desejamos um futuro melhor, longe da profusão que é a vida humana. Pensamos em mudar, tentar sermos fortes, mas somos levados pelo desejo de receber um afago depois da queda: erramos, então.
A questão é: realmente estamos preparados para mudar? Digo, todas às inúmeras promessas: de um novo regime, de um novo emprego, de largar um vício, tudo isso é, realmente, um desejo?
Oras, só podemos deixar algo partir quando entendemos e aceitamos a mudança. Mudar é difícil e este é um tempo de mudanças.
Por fim, devo dizer que é assim mesmo, meus amigos: mudar e não mudar. Sentir e não sentir. Desejar e desejar um pouco mais... O tempo de mudanças é duro mesmo.
... Só que no final, veremos que o amanhã sempre chega.
Portanto, preparem-se para sonhar, para esperar o bom velinho, o renascer da manhã, no Brasil, nem tão cinzenta e nevoada de Natal. Afinal, é tempo de mudar! Mudemos todos, para melhor, claro!
Um Feliz Natal aos meus queridos.