O ESPÍRITO DO NATAL
Fátima Irene Pinto
Para uns é festa e confraternização, para outros comilança e bebedeira.
Para a grande maioria, época de presentear os entes queridos e enfeitar a casa com pinheiros, bolas coloridas e luzes.
Também já foi dito que as pessoas comemoram mas esquecem o aniversariante, motivo real e principal da festa natalina.
Exceção para alguns, o Natal é alegre e faz renascer o bom ânimo, a esperança, a bondade, a fraternidade e muito já foi falado também sobre o clima ou o espírito do Natal.
É aí que eu me detenho.
Repararam como as cores e as canções natalinas são vivazes e alegres?
Quem pode ficar indiferente a uma rua ou praça inteirinha decorada com luzes coloridas onde por toda parte se ouvem os hinos de Natal?
Quem não se lembra com ternura, de um dia ter acreditado no bom velhinho bonachão e milagroso, capaz de nos surpreender com o presente tão sonhado?
Quem já não se sentiu ao menos uma vez, o próprio Noel, na alegria inexplicável de escolher com esmero os presentes para os infantes queridos?
Quem já não passou horas fazendo enfeites e montando a árvore na maior motivação?
Quem já não chorou à meia noite, abraçando os entes queridos e os amigos num momento mágico de união, daqueles que parecem zerar todas as farpas e as magoazinhas acumuladas no ano?
Sim ... o Natal é tudo isto. É encantamento, beleza, grandiosidade.
É a mais bela festa humana, no sentido de que é capaz de extrair de nós o que há de melhor, de mais puro e mais bonito.
Com certeza, lembramos sim do aniversariante - Jesus - mas há uma recordação ainda mais remota, mais profunda e talvez até perdida no inconsciente:
o Natal é um lampejo, um vislumbre, um clarão, um pressentimento de algo que nossa alma já conheceu e conhece.
É a saudade da verdadeira Pátria, para a qual todos nós haveremos de retornar um dia.