Opressores que sofrem
Certa vez existia um grupo enorme de pessoas aflitas. Os membros buscavam pela liberdade, fosse na praia, fosse no alto da serra, fosse no centro das grandes cidades. Das drogas ilícitas faziam um meio legal para que o próprio ego sobrevivesse diante tanta pressão moral. O tempo passava e a velhice ou simples vida adulta pareciam se aproximar.
Alguns não passaram pelos militares, pelos militares foram assassinados. Os mais ousados tiveram overdose, enquanto que talvez os mais tolos foram engolidos pela igreja. Fossem livros ou prisioneiros, no fim das contas todos sofriam e quase ninguém sabia a maneira correta de acabar com o sofrimento. Levaram flores ao velório, sendo que em vida nunca tiveram um gesto digno de flores.
Hoje falam tanto em um novo comportamento, se preocupam tanto com o vizinho. Parece que o vizinho é mais importante que os gestos individuais, parece que o que o outro faz é fundamental nas escolhas do ego. Estão querendo pregar verdades, os “velhos” que um dia lutaram contra uma forma de repressão, hoje são os “jovens” que acreditam na igreja, que acreditam nos bons costumes. Naturalmente temos que ter um mundo melhor, sendo que o mundo melhor não nasce através de pregações.
As grandes transformações acontecem quando existe mais liberdade para que o indivíduo possa agir por conta própria. Até hoje não encontrei luz em invejar ou “amaldiçoar” o próximo, simplesmente o que não me interessa fica perecendo em praça pública sem que eu faça nada. Essa de salvar o mundo em apenas tentar acabar com a fome, essa de salvar o outro da tristeza, não me convence. Estou por demais convencido de meus próprios sonhos, de minha própria loucura, de meu amor pelas pessoas que me rodeiam.
Alguns querem dizer que o demônio consome quem usa drogas, que o demônio consome quem tem práticas sexuais um tanto quanto diferentes, o demônio é um ser dançante que profundamente nasceu demasiadamente humano. Falam de novelas e assistem novelas, falam de drogas e querem se drogar ou ao menos queriam ter a sensação de quem sorri livremente pela noite. O que é certo de nada vale, tudo o que vale são os valores que escolhemos para melhor viver da maneira mais pessoal possível. Obrigar o outro, tentar impor a própria vontade sobre o comportamento do outro, é uma grande tolice.
Escritor Joacir Dal Sotto​
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