A menina que expressa aflição
Nesses tempos em que lágrimas não enchem rios e mesmo o mundo não se convencendo do sofrimento interior, é o sofrimento de muitas mulheres que parece ser infinito. O homem permanece inflexível em seus objetivos e tudo pelo que procura é capaz encontrar. Muitas mulheres se dizem independentes e bem no fundo de seus corações aflitos buscam pelo homem perfeito que naturalmente se mostrará imperfeito no decorrer da caminhada.
Os antigos modos de dizer um eu te amo de forma egoísta se acabaram, a bela maneira de morrer por amor é algo já superado, resta é muita carência e ao mesmo tempo um medo de experimentar um amor ligado ao presente. Mulheres e homens se sentem fechados ao mundo, acreditam possuírem um conhecimento nunca antes conquistado, sendo que figuras se repetem ao lado das caveiras. Promessas e o passado nunca importaram, o presente que tanto precisa ser intensificado é algo que transformar-se em pó quando mais existe segurança.
Ninguém está seguro e os que estão inseguros talvez estejam fugindo das próprias verdades. O abraço romântico que queremos repetir eternamente, vale mais do que a mão que firma além do bem e do mal por simples vingança. Eternamente é o homem que precisa dominar uma mulher, eternamente é o homem que se entrega ao lado sensual de uma mulher de inteligência razoável.
Precisamos viver de momentos em que a redenção seja em troca de um prazer posterior, precisamos viver de momentos em que o desejo não reduza o pouco que temos em uma enorme tragédia. Mesmo que acabe a confiança, é confiando que podemos encontrar os errantes, apesar de que os “corretamente éticos” são atores da tristeza. Veja que o respeito não exige tolerância e a tolerância é uma farsa que retira o doce sabor da loucura.
O caminho dos sonhos liberta uma mulher tão jovem, o caminho dos sonhos precisa continuar aberto pelas meninas que acreditam na velhice. Na loucura do poeta existe a certeza de que momento presente não poderá ser substituído por nenhum outro momento, na certeza do religioso é o amanhã que acontece de maneira que nunca irá acontecer. Para qualquer indivíduo existem escolhas, sendo que algumas escolhas solitárias são profundamente ridículas.
Escritor Joacir Dal Sotto​
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