O direito de amar o agora
Os direitos que cada cidadão busca sempre são acompanhados de inúmeros deveres. Não podemos ser levados pelo grito de exigirmos algo de bom enquanto levamos uma vida de maldades. As injustiças ou justiças não passam da incapacidade de reflexão que conduz uma massa aos atos por impulsos.
Seria tão fácil ter uma padrão moral e ajustar todas as coisas. Tudo moralmente padronizado teríamos tanta tranquilidade que chegaríamos facilmente ao cansaço. No auge da moralidade conseguiríamos diminuir a genialidade e fortaleceríamos o sentido comum de inferioridade frente ao agora.
Nas universidades muitos cursos são abertos para afundarem os jovens nos estudos em prol de um futuro. Em instituições religiosas temos reuniões em prol do futuro. Na vida real não temos futuro se o agora não é intenso.
O direito de sonhar sempre leva ao dever de agir. A vontade para fazer o bem de acordo com os novos valores não passa de algo que precisa retornar diferentemente da mesma maneira que um dia foi aplicado. Uma nobreza de justiça não vem dos céus, está em ser justo consigo mesmo diante do direito que cada um tem para se amar.
Costumes são criados de acordo com cada época e nenhum costume ajusta o que está nos abismos de cada ser. O indivíduo que se nega ao grito é engolido pelos leões que surgem para apenas devorarem quem deixa a vida passar. É do gênio que nascem todas as aparentes curas usadas pelas pessoas comuns.
As universidades são engolidas pela falta de recursos de seus estudantes e professores. As instituições religiosas são levadas pelo salvador que lhes conduz. As regras do ego adormecidas são como tudo aquilo que é uma exceção da regra, apenas bobagens que desvirtuam.
Escritor Joacir Dal Sotto