A substância real de uma vida
Os meios que levam o indivíduo para um fim sempre são complexos na totalidade por sempre existir a necessidade dos sonhos manterem a capacidade do ser humano ir ao combate, ao bom combate no sentido amplo da palavra. A pressa é um mal que causa depressão, é um mal que retira grande parte do que realmente toca prazerosamente no coração. Os desejos e o prazer por amor são um ato de insanidade apenas para quem é limitado pelo velho, pelo dolorido, pelo fracasso.
Não podemos ter medo e caso o medo seja uma condição natural vigorosa no comportamento que venha coragem, que venha a fé de que tudo será superado. Quem é determinado dificilmente é surpreendido pelos obstáculos por sempre existir a possibilidade do novo surpreender positivamente. O comodismo mata quem não sai do vilarejo quando a inveja sufoca a simples realidade, a coragem sem garras para se levantar após uma súbita queda mata o maior dos guerreiros por ele desconhecer a força que sobrevive em territórios estranhos.
Na diversidade podemos encontrar tranquilidade e da mesma maneira é na diversidade que enlouquecemos sem chance de retornarmos para uma vida simples, apesar de representar a possibilidade de um grande sonho ser realizado. Tudo podemos com aqueles que nos fortalecem e com certeza quem não nos fortalece exala muita paz em tempos de guerra, exala muita guerra em tempos de paz. O equilíbrio é entrar em um constante desequilíbrio como marca de reencontro do ego com a sintonia explosiva do universo.
Levantar-se quando a ordem é vencer, querer até que o desejo faça parte da realidade, eis aspectos do bem viver, do abandono do velho e amor pelo que é feito para ecoar na eternidade. Se o que hoje atormenta os nossos pensamentos que sejamos fortes para substituirmos por novas ações, por novas tentativas, por uma luta que tenhamos o gosto é de se orgulhar da conquista. Dos instintos nascemos apesar de todas as tentativas de destruição da raça humana através da moralização do sexo, o melhor costume é o novo que entra em contato com o velho.
A vida termina com a morte e uma absoluta maioria tem medo de morrer, tem medo de sofrer muito mais do que está sofrendo, tem medo de discutir as próprias crenças por saber lá no fundo do coração que serão enfraquecidas pela verdade. Não podemos ser levados pela mentira sem que ao menos possamos tentar ser a força devastadora do bons ventos. Ser sempre agitado não é o caminho, apesar de que apenas quem luta um dia inteiro com todas as forças do coração é capaz de repousar tranquilamente para que no dia seguinte tente de novo até que venha a realidade desejada ou ao menos que no leito de morte não exista a maior dor do ser humano que é saber não ter dado o seu melhor quando podia, a maior dor do ser humano que é saber que resta apenas esperar pela salvação divina enquanto que como ser carnal foi um completo fracasso.
Diversamente é no amor que temos tudo o que precisamos para lutar por muito mais ou apenas ter o sabor da vida alegre e simples escolhida, o segredo da vida está nas emoções, podemos ser ricos ou pobres desde que existam sorrisos, podemos morar no maior palácio do universo caso os nossos valores emocionais sejam voltados para dentro de maneira que possamos exalar amor. A guerra e a paz são frutos da essência humana de poder, enquanto em guerra queremos ter a paz de acordo com aquilo que acreditamos ser moralmente belo, enquanto em paz queremos manter todo um padrão moral, enquanto sábios estamos sempre inquietos e despertarmos a força que mora dentro de cada ser humano, e despertarmos sempre o nosso poder superior de conhecer sem envelhecer, de experimentar sem perder a inquietude provocada pelo novo. Precisamos entrar sempre na dança explosiva da vida que quando não é por causa dos sonhos é por causa das tragédias, que quando não é por causa da doce realidade é por causa das novas tentativas que não deixam uma doce realidade perecer.
Escritor Joacir Dal Sotto​