A eternidade de quem sabe de si mesmo

A busca incansável por um mundo melhor precisa ser despertada em todos os corações. Em cada gesto existe a marca de um profundo desejo, em cada realidade existe uma ponte sendo construída para o futuro. Diante todas as coisas que regem o mundo resta é o ego como regente do universo, resta é o agora como patrono da eternidade.

Muitos carecem de fé e repousam na ignorância quando pensam que a sociedade é feita por apenas um padrão moral, quando pensam que estão velhos demais para se amarem. Ouvir o jovem que talvez represente ter pouca experiência não é anular todos os conhecimentos conquistados ao longo dos milênios, talvez esteja no jovem a luz de uma nova era, de uma era voltada ao indivíduo. Constantemente vemos uma verdade ser transformada em uma mentira quando quem prega o segredo da vida deixa de si mesmo acreditando que o trabalho feito em prol da sociedade é benéfico.

Na plena existência dos anjos e demônios, ou plena existência de uma única divindade, não existe mais que um ser humano buscando por forças para suportar a ferida exposta no coração, para superar os obstáculos que impedem a vida simples, para superar os obstáculos que fazem com que os sonhos sejam adiados. Com fé já possuímos todas as chaves, com ações já possuímos a jornada sendo desenhada, com amor poderão faltar muitos detalhes exteriores que seguiremos alegres pelo caminho. Precisamos compreender que um espírito elevado está penetrado em um indivíduo bem humorado, precisamos compreender que nem sempre a nossa experiência nos faz conhecedores das experiências alheias.

O cansaço mostra um derrotado que nega viver eternamente, da mesma maneira que quem tem bom ânimo não poderá relaxar diante tudo aquilo que almejou produzir para ecoar na eternidade. Os desejos e os prazeres fazem parte de tudo o que hoje possuímos, a velhice de quem se diz experiente não serve de exemplo ao jovem se não for a prova de quanto mais experiência muito mais de novo poderá ser criado. Se hoje existe a capacidade para se fazer aquilo que é cantado pelas boas lembranças do passado, com toda certeza é um novo tempo que já começou, é uma nova dança que prova a existência da liberdade para que o ser humano seja aquilo que quiser.

A fé de cada um é um templo protegido do mundo exterior de acordo com a legião de guardas que cada um carrega no coração, com fé é o novo que substitui o velho, com fé é o amor que substitui o ódio e a frustração de ir na igreja sem ao menos acreditar na eternidade. Sem o ego morreríamos, sem o jovem somos é o fim dos tempos, sem as reflexões somos afundados por uma única verdade que vigora nos corações dos céticos. Apenas o que é exalado é perdoado, apenas o que os hábitos de curta duração mantém um indivíduo agradável ao círculo social.

A verdade da vida é que o destino está sendo feito por todos aqueles que sentem-se capazes de fazerem um novo começo na mente de quem tem coragem, no corpo de quem não pretende morrer para agir, no coração de quem não pretende chorar pelos mortos e deixar de proporcionar doces sorrisos para quem está ao redor. A fé é a chave que abre todas as portas do coração, a própria causa é a extensão de nossos amores e o temor de nossos inimigos, o grande amor não passa de nosso amor próprio para que a eternidade de nosso pensar seja digna de aplausos pelos próximos séculos. O bom humor desfaz qualquer barreira e abre espaço para um profundo saber, a boa experiência é aquela que nos faz tocar o novo sem que sejamos tolos em colocar a experiência de outrora em conflito com o que é pela primeira vez exposto na totalidade.

Escritor Joacir Dal Sotto

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 29/03/2015
Código do texto: T5187462
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