O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 14 de março de 1997 – Sexta-feira
Cerca das 05:00 eu deixei a cama. Fui no banheiro escovei os dentes e lavei o rosto. Deixei as chaves do presídio com o soldado plantonista para passar para o cabo comandante da Guarda. Às 05:30 a pé desloquei-me até a rodoviária distante cerca de 1km. 05:50 cheguei na rodoviária. Comprei a passagem para o horário das 06:00 com destino a Goiânia, poltrona nº 11, paguei 13,80 reais. Na rodoviária de Acreúna o ônibus fez uma parada, e numa lanchonete tomei um café e comi um pão de queijo, paguei 0,80 centavos de real. O ônibus parou também na rodoviária de Indiara para pegar passageiros. 10:20 o ônibus chegou na rodoviária de Goiânia. Um rapaz que veio no ônibus me perguntou onde faz carteira de identidade. Disse a ele queria passar defronte, onde ele ficou. Na UGOPOCI (União goiana dos policiais civis), encontrei o advogado Dr. Moura, que me disse que vai dar uma olhada no andamento da minha Habilitação do processo de Falência da empresa 3K Construtora, e anotou o meu telefone na sua caderneta para me ligar. Estou desconfiado que o Dr. Moura não fez nada e só pegou o meu dinheiro, por não ter o número do protocolo. Não sabe que tenho uma carteira da OAB e entendo um pouco. Passei no BEG em frente e tirei o extrato da minha conta e constatei que o meu pai fez um depósito de 410,00 reais, sendo 300,00 do Donizete marido da minha irmã Deusa, da compra do teclado que lhes vendera. 12:15 cheguei em casa e encontrei minha mãe e minhas duas irmãs bem. Minha mãe me disse que sarou da dor que estava sentindo e que o médico lhe dissera que era problema nos rins.
Nota do autor: Minha faleceu de câncer nos rins em 25-10-2002, aos 62 anos de idade