O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 13 de março de 1997 – Quinta-feira
Eram 06:30 quando desarrumei minha cama. Fui no banheiro escovei os dentes e lavei o rosto. Às 08:00 passei as chaves do presídio para o policial civil Carioca. O serviço foi sem alteração graças ao meu bom Deus. Eu preciso confiar mais em Deus e em mim mesmo, nos meus estudos e no meu trabalho para ser um vencedor. Pois com fé, amor e esperança venceremos todos os obstáculos. A nossa maior virtude é a perseverança, ou seja, esperarmos o momento certo para as coisas acontecerem ao nosso favor. Porque não adianta sonharmos se não estivermos preparados para realizar os nossos sonhos. Fazermos uma economia também é importante, porque sem dinheiro tudo se torna mais difícil e perderemos um precioso tempo. No meu caso preciso de dinheiro para publicar os meus livros, porque depender de patrocínio é inviável para uma carreira de escritor ou poeta. Após o almoço fui no banco e constatei que o pagamento saiu. Fui no Bradesco e paguei um carnê de 86,00 reais. Na loja Mig paguei um carnê de 27,00 reais. Desci para o plantão na delegacia. Fiz um negócio com um preso, dei um relógio e uma máquina fotográfica em troca de um vídeo cassete marca CCE, e comprei uma calça por 10 reais. No orelhão da delegacia liguei para a minha irmã Deusa, e disse a ela avisar o meu pai para não gastar o dinheiro que ela iria me pagar.
(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)