O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 12 de março de 1997 – Quarta-feira
06:00 e poucos minutos eu deixei a cama. Fui no banheiro escovei os dentes e lavei o rosto. Em uma cela dos presos tomei café e comi 02 rosquinhas. O preso que me deu o café é marido da Janete, escrivã de polícia da minha turma. Ela conheceu o preso quando era lotada em Maurilândia. Na época foi um reboliço por ter tomado o preso de sua esposa. Há uns dois meses a Janete veio embora com o seu marido. Na noite de terça-feira aconteceu um fato inesperado, ou seja, a pedido do cabo Erculano tirei um preso para ter relações sexuais com a sua amante. É ilegal, mas já fizera isso antes em acordo com o cabo para ganhar alguns trocados. O problema é que os 03 soldados da guarda queriam fazer parte do esquema. Dessa vez eu não quis permitir, e um deles ligou para o quartel, e logo veio CPU (comandante do policiamento urbano) que ligou para o Comandante do quartel. E logo veio o delegado regional, e expliquei a ele o fato. E ele me disse para eu ter mais cuidado.
(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)