O meu diário 96, 97 e 98

Rio Verde, 05 de março de 1997 – Quarta-feira

Mais ou menos 06:30 eu deixei a cama; fui no banheiro escovei os dentes e lavei o rosto. Passei as chaves das celas do presídio para o policial Carioca, que tem mais de 70 anos, é aposentado pela Polícia Civil e presta serviço pela Prefeitura. Pelas 07:00 fui numa panificadora perto do Fórum distante uns 500m da delegacia onde tomei um copo de chocolate e comi um pãozinho de queijo, paguei 0,55 centavos de real. Passei na Caixa Econômica Federal e perguntei ao guarda sobre o concurso da Telebrás, e ele disse-me não estar sabendo e me passou o telefone de um tal de Cícero para pegar informação. Na rua vi a Wanessa passar por mim, disse a ela: Oi Wanessa. Ela parou, olhou para mim e disse: Oi, tá joia. Eu respondi: Tô joia. Ela deu meia volta e foi embora. Reparei que os seus olhos estavam vermelhos, parecia que estava chorando. Não sei o que está havendo com a Wanessa que se afasta de mim. Toda mulher de boa índole que eu tento namorar, encontro dificuldade. A culpa deve ser minha por ser indiferente.

(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 14/03/2025
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