O meu diário 96, 97 e 98

Rio Verde, 14 de novembro de 1996 – Quinta-feira

06:00 e poucos minutos eu deixei a cama e desfiz da mesma, ou seja, enrolei um colchão fino que trouxera de casa com um lençol, uma coberta e um travesseiro. Na delegacia há um colchão, mas prefiro o meu. Tomei café e comi dois pãezinhos franceses com margarina. A vantagem de tomar café na delegacia é ter um gasto a menos. Pelas 08:00 voltei para a república. Quando fui trocar de roupa notei que as chaves das celas dos presos estavam no meu bolso. Não tomei banho; peguei a pasta do censo do IBGE, que realizado a cada 10 anos, e desci correndo para a delegacia e entreguei as chaves para o agente policial Sebastião Carioca como é conhecido, por ter origem da cidade do Rio de Janeiro. Daí fui para o recenseamento que é perto da delegacia regional. Mais ou menos 11:00 passei na pensão Teixeira, no centro da cidade, e peguei um marmitex que foi anotado numa caderneta. Voltei para a república que é um sobrado, subi para o quarto e almocei. O pessoal da república ainda preparava a comida. Disse a eles que estaria a pegar marmitex na pensão Teixeira para aproveitar o tempo disponível devido ao censo. Pelas 14:00 voltei para o recenseamento.

(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 23/10/2024
Reeditado em 23/10/2024
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