O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 07 de novembro de 1996 – Quinta-feira
Acordei cedo, mais ou menos 06 horas. Fui no banheiro no fundo do corredor no 2º andar, escovei os dentes e lavei o rosto. Tomei meio copo de café e comi um pãozinho francês com margarina. O café quem fez foi um preso cela-livre que ficou no lugar do seu Eurípedes, que vai fazer a faxina, ligar e desligar a bomba que abastece a caixa d’água que fornece água para a delegacia e o presídio. O seu Eurípedes teve um problema familiar e teve que se ausentar, ou seja, a sua ex-mulher, minha colega de Faculdade, tem um caso com um homem e ele não aceita assim como a sua filha. Ontem à noite o seu Eurípedes, o tal homem e mais testemunhas foram ouvidos na delegacia; e o seu Eurípedes relatou que o amante de sua mulher sacou uma pistola em sua direção e que saiu correndo. Todos os envolvidos foram ouvidos e liberados. Na república tomei um banho. De carro fui recensear o meu setor. Após o almoço começou uma chuvinha persistente, por isso não fui para o censo, fiquei deitado na cama assistindo televisão. 17:50 desci para a delegacia para assumir o plantão.
(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)