O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 06 de novembro de 1996 – Quarta-feira
6 horas e poucos minutos eu deixei a cama. No banheiro escovei os dentes e lavei o rosto. Tomei café e comi um pãozinho francês com margarina. Fui na lavadeira pegar minhas roupas, não havia ninguém. Voltei para a república e tomei um banho. De carro fui para o recenseamento. Na volta passei no BEG, no extrato constatei que 02 cheques de 15 reais do talão de cheque que me furtaram foram descontados. A minha conta ficou com o saldo negativo de 10 reais. Almocei na república. Um colega policial disse-me que uma moça do banco de nome Luzia queria falar comigo sobre a minha conta. 13:30 desci para o banco. Além de cobrar o saldo negativo tive que pagar mais 70 reais para sustar o talão de cheque, ou melhor, as 16 folhas restantes, somando um prejuízo de 100 reais, sendo que o salário mínimo é de cerca de 120 reais. Pelo menos eu fiquei com a consciência mais tranquila por ter sustados os cheques. O mais importante é que esses meus problemas financeiros não vão atingir a minha paz de espírito e saúde mental. No fundo todos os nossos bens materiais acabam em nada assim como o nosso corpo.
(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)