O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 30 de outubro de 1996 – Quarta-feira
Mais ou menos 06:00 eu deixei a cama. Agora tenho que levantar mais cedo devido o expediente. A minha cama é dois bancos compridos, onde coloco um colchão que trago de casa, com um lençol, um travesseiro e um cobertor. Se não fosse o café que tomo à noite eu dormiria melhor. Não me importo em dormir em qualquer lugar nem com comida desde à época que trabalhava de pedreiro. O policial cognominado Carioca trouxe um saco de pãezinhos com margarina. O café, um funcionário da prefeitura ex-preso fizera bem cedinho. Tomei café e comi um pãozinho com margarina. Fui para a república e tomei um banho, e desci para o censo. Na parte da tarde, abasteci o carro com 20 litros de gasolina com uma requisição dada pelo delegado regional. Passei na loja de baterias e coloquei uma bateria nova de 56 amperes e paguei 55 reais. Voltei para o censo e fiquei até por volta das 17:00. 18:00 houve na delegacia uma reunião com os policiais. O delegado regional fez um remanejamento de policiais e disse-me que eu iria continuar no plantão à noite. Jantei da comida dos presos. Fiquei até meia noite preenchendo questionários. Arrumei a minha cama improvisada e deitei para dormir um pouco.
(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)