O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 28 de outubro de 1996 – Segunda-feira
Quase 08:00 quando eu abandonei a cama; fui no banheiro na parte de baixo, lavei o rosto e escovei os dentes. Desci para a cozinha e preparei um pouco de leite com chocolate para tomar, e comi 04 petas restantes. De carro desci para o recenseamento que abrange um dos setores mais nobres da área central, com pessoas influentes da cidade. Recenseei recente a casa do escritor Filadelfo Borges mais conhecido na região do sudoeste goiano, onde fui bem atendido por sua mulher que me convidou para entrar e sentar numa cadeira no alpendre. Disse a ela que também sou escritor e amigo do seu marido, e ela reconheceu o meu nome do jornal O Popular, da seção Cartas do leitor. Pelas 11:00 voltei para a república e almocei. Voltei para o censo e trabalhei até por volta das 17:00. Tomei um banho e desci para a delegacia para assumir a sala do plantão. Jantei a comida dos presos. Na sala há uma televisão a cores de 12 polegadas. A minha função agora além da carceragem do presídio é atender as ocorrências policiais e telefones, e só em caso de flagrante acionar o delegado de plantão.
(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)