Em construção da Cidadania
Talvez a nova geração que hoje mora no bairro dos Ipês não saiba, mas a infraestrutura que hoje pode ser vista e percebida no bairro é fruto do trabalho de basicamente quatro homens, lá na década de 90. São eles, Zezinho da galinha, seu Noberto, seu Bastião e Papai.
Era entre esses quatro que a associação de moradores dos Ipês revesava a presidência. E foram eles quem se movimentaram para trazer nomes as ruas , que ate então eram nomeadas por quadras e lotes, por exemplo, antes da nossa rua ser chamada Ricardo Alves do Nascimento, era a Quadra D, Lote C. E por aí foi.
Outro avanço foi o saneamento do bairro. Pense numa vitória. Viver sem ter o esgoto passando em sua porta era como um sonho. A gente podia brincar sem ter a preocupação de cair de boca na lama.
O posto de saúde abria e fechava. A luta era para torná-la aberto, mas por questão de pessoal, nem sempre essa demanda era atendida. Mas tínhamos dentista. E usei os seus serviços bastante.
Uma demanda que era feitas mas que ninguém tinha coragem de atender era um posto de polícia. Nem papai mexia nessa ideia. Já falei que o nosso bairro era periférico e dominado pelo tráfico de drogas. Agora, me diga quem era o presidente de associação que queria ser lembrado por trazer um posto de polícia para dentro do bairro. Ninguém!
A briga seguinte era pelo documento de posse/propriedade do pedaço de terra onde morávamos. Foi uma dura luta mas conseguimos e junto com ele o IPTU e a taxa de coleta de lixo. Bem, tudo tem o seu preço. Se passamos a existir oficialmente para a prefeitura, agora ela sabia o nosso endereço para enviar os impostos.