Minha memória musical
Eu já disse que quando criança toda a minha família era evangélica. Frequentávamos, corrigindo, éramos membros da Assembleia de Deus, em Mandacaru, primeiramente com o pastor Amenon Pessoa de Queiroz, depois pastor Alexandre Duarte. Todas as terças, quintas e domingos eram duas de culto no templo. Nas quartas e sábados e domingo a tarde eram cultos na rua. No sábado a tarde tinha evangelização pessoal e no domingo pela manhã tínhamos a escola dominical. Na quarta manhã e tarde, tinha o círculo de oração em Mandacaru. Aí, na segunda era na congregação do Florestal, na terça era no 13 de Maio, na quinta era na Granja Machado e na sexta era no Roger. A agenda era lotada. Não quer dizer que eu ia para 100% dos nossos cultos,as para 90% minha família ia.
Para quem já frequentou uma igreja evangélica sabe que lá eles são bastante musicais. A Assembleia de Deus, por exemplo tem a Harpa Cristã, que é adotada po muitas outras denominações. A Congregação Cristã no Brasil também tem um hinário próprio. Em resumo, boa parte dos cultos é regada a música.
Faz 18 anos que não sou mais evangélico, hoje sou católico,as trago vivo em minha mente alguns dos hinos mais conhecidos da harpa como o hino 15: Oh quão cego andei e perdido vaguei, longe, longe do meu salvador... Também tem o hino 422: No céu não entra pecado, fadiga, tristeza nem dor...O 509: Quando o Jordão passarmos unidos e entrarmos no céu veremos lá, como areia da praia os remidos, oh que gloriosa vista será.
Além desses hinos tínhamos também o clássico para o conjunto das crianças, o Fonte do Jardim, cuja dirigente principal era a irmã Jubilene. Lembro do hino: Desanimados, não, não, não. Dores tristezas pod surgir, com Cristo alegres vamos seguir. Desanimados, não, não, não.
No conjunto dos rapazes, eu me lembro do hino: Só há uma maneira de se explicar, nossa vitória vem das mãos de Jeová. Do conjunto das irmãs, me lembro do hino: maior que o grão de areia, temos a pedra, maior que a pedra temos o monte, maior que o monte, o horizonte além, maior que tu meu Deus, não há ninguém. Do conjunto dos irmãos,e lembro do hino: Antigamente, eu fazia o que eu queria, eu comprava eu vendia, era dono da razão. Homem valente, destemido e sem temor, até hoje se comenta, como esse homem mudou...
Como eu já disse, já se vão 18 anos, mas essas músicas nunca saíram da minha cabeça.