A casa no Renascer

De forma consciente, eu me lembro das últimas três casas em que morei com a minha família antes de sair de casa. Meus pais falavam que moravamos em Sapé, Bayeux, em Mandacaru, numa vila de uma mulher chamada Maria da Farinha e depois na rua Monte Castelo. Deste locais, nada ou poquíssimo lembro.

 

A primeira lembrança de uma casa é no bairro Renascer, em Cabedelo. Aqui eu me lembro perfeitamente. A casa ficava em frente à estação de trem. Tinha quintal na frente e quintal atrás. O banheiro era gora de casa. NO quintal tinha um coqueiro. Do lado da casa itnha um tanque para eu criar peixe. O quintal era todo de barro.

 

Do lado direito tinhamos como vizinhos Binha e Edleuza. Eles tinham três filhos. Lembro-me que um deles se chamava Ricardo e a menina era minha amiga, mas não me lembro agora seu nome.

 

Do lado esquerdo morava uma família que pouco tinhamos contato. Sò lembro que tinha uma criança com deficiência e que ele vivia pendurado numa rede o tempo todo. Na única vez que me recordo ter visto ele no chão, fugiu em diração à maré e morreu afogado. Eu não sabia nem o seu nome. Mas me lembro do seu enterro, teve até o carro dos bombeiros levando o caixão.

 

Na frente da nossa casa papai tinha colocado um detalhe feito de cimento. Era, como eu disse, um detalhe. Ele colocou cimento num copo e fez umas forminhas em cone e os colou na parede. A sua única utilidade era exclusivamente estética. Anos mais tarde, quando passei por lá procurando a casa, foi por meio desse detalhe que eu identifiquei a casa. Parece que os donos posteriores gostaram da arte.

 

É nessa casa que eu me lembro da televisão de madeira que tinhamos. Dos livros de papai que eu rasgava as folhas para brincar. Lembro-me de um arco iris de gesso escrito mamãe que eu ganhei na escolinha e dei para mamãe no dia das mães. Lembro-me de uma queda que sofri quando estva pulando sobre um caso de pvc enquanto cantava Ilariê da Xuxa. Também lembro que nas manhã de domingos a mãe do menino que morreu colocava para tocar a música "Quando você chegar, com essa roupa molhada, quero ser a toalho e o seu cobertor." Ela tocava tanto que eu decorei. Lembro também que meu irmão me deu um carrinho de polícia. Ele que tnha acabado de passar no concurso para ser policial. São muitas lembranças.

George Barbalho
Enviado por George Barbalho em 14/08/2024
Reeditado em 14/08/2024
Código do texto: T8128720
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