As minhas turmas no Ubirajara Pinto Rodrigues

A turma da minha oitava seria eu tenho decorada, eu acho. Não que fosse uma tia grande, não. Era bem pequena. Deixa eu ver se não esqueço de ninguém: Eu, Leandro, Givaldo. Maria José, Maria Marta, Maria da Penha. Ana Paula, Jaqueline.

 

Olha, mesmo espremendo toda a minha memória, não me sai mais ninguém da caixola. A foto oficial tem todos e ainda está pendurada na parede da antiga escola onde todos nós estudamos; Escola Municipal Ubirajara Pinto Rodrigues, nos Ipês. 

 

Uma vez, o nosso diretor nos falou que a escola existia ali não por um ato de bondade, mas para esconder a favela da vista dos ricos. Inclusive, um deputado morava na casa em frente a escola. O miserável nem para visitar a escola uma vez na vida.

 

Voltando a nossa turma de concluintes, fomos a primeira turma do Ubirajara a terminarmos a oitava série. Eu fiz parte de toda a expansão do Ubirajara.

 

Antes de ter a segunda parte do ensino fundamental, o Ubirajara era somente até a quarta série. Já tinha  várias turmas de quarta série anteriormente. Mas a partir das minha turma de quarta série é que surgiu a quinta, e cada ano íamos crescendo. Por crescer, leia inchando, já que não necessariamente havia novas salas, inclusive assistimos aula no pátio com tapumes servindo de parede. Depois nos mudamos para uma sala que antes era um beco e assim terminamos o ensino fundamental.

 

A tua era pequena. No meio do caminho ficaram muitos colegas que repetiram, não sei como, e/ou que desistiram de estudar. Não foram poucos.

 

Edvan foi para o norte com a família. Fifa foi para o sul. Clemilson e Gilvanio, nem sei o que aconteceu com eles. Andreia e Adriano, foram dois irmãos que estudaram com a gente e depois não soube mais.

 

Tinha uma menina chamada Raquel, tinha uma prima de Edvan chamada Bebé. E outra Andreia dos cabelos longos.

 

Em algum desses anos estudei com outro casal de irmãos a Suelen e o Sidney. Andrade foi um dos repetentes e estudei com o primo dele chamado Gray.

 

Não me lembro de mais ninguém por hora. Talvez meu amigo Leandro se lembre de outros colegas. Sim, tinha uma menina chamada Francimar também.