O meu diário 96,97 e 98
Rio Verde/Aparecida de Goiânia, 13 de maio de 1996 – Segunda-feira
Acordei às 05 horas; demorei uns 20 minutos para levantar. A única gatinha que restou de cor preta rajada de amarela dormiu no tapete na porta do meu quarto. Ela é acostumada comigo, brinco com ela com os pés acariciando o seu corpo. Às vezes ela deita para que eu passe o pé nela. Parece que ela entende o que eu falo com ela. Um simples sai, ela atende. Também mio imitando ela. Fui no banheiro para as minhas abluções. 05:45 já estava com uma bolsa contendo um revólver e alguns remédios a deslocar-me a pé até à rodoviarinha, com a passagem comprada para Goiânia horário das 06 horas. O vendedor do guichê que já me conhece disse: E aí escritor e o livro? Disse-lhe que até o fim do ano pretendo fazer outro livro, que o problema é o dinheiro. Cheguei em Goiânia 10:00, desci na rodoviarinha de Campinas e peguei o eixo Anhanguera Campinas. Cheguei em casa 11h e pouco. Minha família, boa de saúde. Meu pai fez alguns serviços no barracão; está faltando o piso e alguns acabamentos. Fui na barbearia ao lado do posto cortar o cabelo. É a primeira vez que eu corto o cabelo com um menino que aparenta uns 14 anos. Cortou bem. Passei no supermercado e fiz uma comprinha de 10 reais e 40 centavos; comprei linguiça, um pacote de bisnaguinhas e margarina.
(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em edição)