O meu diário 96,97 e 98
Aparecida de Goiânia, 16 de abril de 1996 – Terça-feira
08 horas ouvi o despertar do relógio Cássio de mostrador amarelo que tenho há uns 03 anos; já está um pouco velho, preciso trocar. Gosto deste tipo de relógio, com ponteiro e mostrador eletrônicos, marca data, tem cronômetro e ainda desperta. Ainda tenho outro relógio considerado de estimação, que quase não uso da marca Eterna Matic, que comprei há cerca de 13 anos de um preso quando era soldado da Polícia Militar e trabalhava na Casa de Prisão Provisória de Goiânia. Fui no banheiro inacabado assim como todo o barracão, escovei os dentes e lavei o rosto. Meu pai me disse que ainda não teve tempo de terminar por estar terminando a casa do meu irmão Edmar. Fui na farmácia perto a pé e comprei um exemplar do jornal O Popular e ganhei um exemplar do tabloide Aparecida Hoje. Nada publicado em meu nome. Em casa tomei café com um pão francês e margarina. De ônibus fui na sede do jornal O Popular onde deixei um pequeno artigo com o tema O Banditismo. Passei na sede do Diário da Manhã e deixei outro artigo com o tema Crise nos presídios, para a seção Opinião do leitor. Passei no BEG e paguei a mensalidade de um carnê de aposentadoria da minha mãe no valor de 10 reais ou 10% do salário mínimo. Em casa assisti a novela das 08h e fui dormir.
(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em revisão)