O meu diário 96,97 e 98
Rio Verde, 09 de abril de 1996 – Terça-feira
07:30 estava de pé; fui no banheiro para as minhas primeiras abluções. Desci na cozinha para a minha primeira refeição, que foi 02 copos de leite com toddy e café e 04 bisnaguinhas. A zeladora fez o café. Subi para o quarto e terminei de dar os retoques no pequeno artigo intitulado Rebeliões nos presídios. Desci para o almoço. Não achei a comida boa, aliás, são poucas as vezes que eu a acho boa. Creio que é a falta de tempero ou modo de preparar. É a mesma comida que vai para os presos, que também reclamam. Subi para o quarto. Assisti aos telejornais. Datilografei o pequeno artigo e pus num envelope. De carro fui no BEG, tirei um extrato, havia descontado um cheque de 50 reais referente a folha de cheque que deixara com meu pai. Encontrei dois irmãos da igreja na porta do banco, sendo um deles o Roberto, policial rodoviário federal, que me disse que o futebol voltará na chácara domingo que vem. Disse-lhe que não poderia ir devido o meu trabalho. Na casa lotérica fiz um bolão. Passei no supermercado, comprei um pacote de bisnaguinhas e 02 sabonetes. No caixa ao lado vi a loirinha que me reconheceu num olhar. Por último passei na TV Riviera, filiada da Organização Jaime Câmara e deixei o pequeno texto. Na volta pus 9 reais de gasolina.
(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em revisão)