O meu diário 96,97 e 98

Rio Verde, 05 de abril de 1996 – Sexta-feira

07:30 deixei a cama; fui no banheiro escovar os dentes, não tomei banho. Desci para a cozinha e preparei um pouco de leite com toddy e café para acompanhar 03 bisnaguinhas com margarina. O café era de ontem, que a zeladora havia feito. Dois colegas agora têm açúcar e pó de café em seus quartos. Eu também tenho em meu quarto, pó de café, açúcar e bisnaguinhas. Se deixar na cozinha alguém usa e não repõe. Há uns quatro anos quando morava num quarto na delegacia regional de polícia alguém me pediu emprestado um ferro de passar roupa e um alicate e não me devolveu, e não me lembrei para quem tinha emprestado e ficou por isso mesmo. Não confio mais em colegas. 08:00, de carro, desci para o presídio onde assumi as chaves da carceragem. Entre os presos reconheci um escritor de nome Sergio Lopes, que me disse que havia quebrado a condicional num processo de tentativa de homicídio em 92; que quebrou por estar em Goiânia publicando um livro e por estar trabalhando eventualmente no estado do Mato Grosso. Às 18:00 passei o serviço e voltei para a república.

(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em revisão)

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 27/12/2023
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