O meu diário 96,97 e 98
Rio Verde, 02 de abril de 1996 – Terça-feira
Deixei a cama provisoriamente às 07:50, escovei os dentes e tomei um banho; vesti uma roupa seminova e desci para cozinha, e numa panela coloquei 02 copos de água, 03 colheres de leite em pó, 01 colher de toddy e 01 colher de açúcar e levei ao fogo para esquentar. Depois de quente tomei com 04 bisnaguinhas com margarina. A zeladora não fez café por falta de pó. Não é por falta de dinheiro, mas de união de nós colegas policiais, que são 07, ou seja, Sebastião Romeiro, Kerley seu filho, Romeu, Jacton, Irami, Fátima e eu. Alguns são indiferentes, negam qualquer acordo. Na época que tínhamos a cozinha era uma bagunça; comíamos só o que vinha da prefeitura e quando acabava a batatinha e o macarrão, comíamos arroz, feijão e carne o tempo todo, e para fazer uma salada era uma luta. Não hora de comer não havia luta. Agora a prefeitura paga o aluguel e fornece os marmitex. Fica por nossa conta o pó de café, a açúcar e o gás de cozinha, ou melhor, na conta dos mais interessados. Almocei. Subi para o meu quarto e terminei de ler a revista Despertai das Testemunhas de Jeová. Dei uma ajeitada na pequena crônica, falta datilografar. Tomei um banho e desci para jantar.
(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em revisão)