O meu diário 96,97 e 98
Aparecida de Goiânia/Rio Verde, 22 de março de 1996 – Sexta-feira
07 horas levantei-me da cama e fui ao banheiro fazer minha primeira higiene pessoal. Moro só num barracão de três cômodos, que ainda falta por cerâmica e terminar o reboco por fora. Meu pai adiou o serviço por ter começado a construir a casa do meu irmão Edmar. 07h30 minha mãe já tinha feito o café e fervido o leite. Tomei leite com café com biscoitos nhoque doce. Sonhei que meu pai tinha arrumado outra mulher e que queria trocar uma casa boa perto do terminal do Cruzeiro do Sul no meu apartamento e barracão. Almocei. 12:40 despedi de minha mãe e das minhas meias-irmãs para viajar para Rio Verde. Peguei o coletivo e desci na Organização Jaime Câmara (OJM), onde deixei um pequeno artigo sobre o problema do menor. Peguei o ônibus para Rio Verde às 14:30. Desci na rodoviarinha e desloquei-me a pé, quando encontrei uma moça conhecida que me convidou para ir na sua casa ver sua filhinha no domingo por estar disponível. Peguei carona com um advogado conhecido que me disse que o advogado Adãozinho foi encontrado morto ontem com 02 balas, que seu carro fora abandonado na cidade de Barra do Garça, Mato Grosso. Na hora do banho o chuveiro fez um barulho, queimou, fui para outro banheiro. Desci para o jantar. O agente policial Kerley disse-me que a gata e as duas filhotinhas foram doadas a uma mulher, ficando só a pretinha. Assisti ao Globo Repórter sobre câncer das mamas.
(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em revisão)