A vida passa ligeiro
E lá se vai o peregrino da estrada, fincando os pés no estradar do seu costumeiro prosseguir, onde cada momento é um jeito novo de descobertas rumo ao desconhecido que ja está desenhado bem adiante.
A fé impulsiona, assim como a dúvida provoca cautela.
No prossegiir do viajor, é notório que hoje, o freio é mais útil que o acelerador e o ouvido é mais cômodo que o falar. Nas terras cacaueiras do sul (que ja alcançou os tempos áureos de produtividade desse plantio) tudo é mais verdejante do que o seu sertão deixado para trás.
A vida passa ligeira ao olhar pela janela do ônibus que em disparada desliza por entre as curvas e retas da geométrica asfáltica estrada, onde a paisagem dança veloz e os olhos quase não alcançam o tempo exato dos passos nesse bailar visual.
É tão veloz, que chega ser impossível sentir o cheiro da flora.
Caminhos viscinais, onde será que vão dar, qual a distância do alcance?
Posso afirmar que são tão estreitos e tao necessários para o viver de tanta gente.
Paisagens belas se misturam entre as pequenas cidades que ladeiam o meu curioso olhar, mas mesmo assim a vida passa ligeiro modificando retratos fotografados pela mãe natureza nos seus surpresos clicks. De Buerarema a São José da Vitória eu vi a vida bem assim.