O meu diário 96,97 e 98
Na noite que passara eu recebi 05 detentos, dentre eles 02 traficantes de maconha e 01 usuário. A detenção desses 03 foi efetuada por agentes da Polícia Civil, com a presença do delegado e de promotores. Dormi pouco. Tive um sonho: “sonhei que ao abrir a cela para um preso, um outro forçou sair e apoderou da minha arma; que cerca de 100 presos se rebelaram contra a ineficiência da guarda policial e tomaram conta do presídio. Estava muito apreensivo pelo desfecho. Com o barulho logo acordei e fiquei aliviado”. Às 06 horas escovei os dentes e lavei o rosto no banheiro do presídio em reforma. Tomei café puro. Li um pouco de jornal velho. Às 08 horas passei o serviço sem alteração. Voltei para a república. Tomei café, comi bisnaguinhas com manteiga de leite. Após o almoço fui na borracharia calibrar os pneus do Chevette. Passei numa farmácia e comprei um xarope para tosse. À tarde fiz um conto e datilografei com o tema “Sentindo solidão”, em forma de diálogo com 19 travessões para uma peça teatral que pretendo escrever.
(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em revisão)