“Os seios da noite amamentam os sonhos”
Vez por outra me pego pensando nas cores do mar entre azuis e verdes de espumas brancas numa tríplice cor que impulsiona as águas sopradas pela leveza do vento.
Eu acredito, nessa minha transição de mente, que o vento e as espumas do mar, tem um caso antigo. Eles se cuidam se protegem e se guardam, e ai daqueles que queiram ferir as ondas, pois será arrastado pelo vento, lá pra bem longe, pro fundo do mar, onde as aguas irá bebe-lo.
Percebo que nas minhas divagações, os seios da noite amamentam a minha solidão e me faz sonhar deitado nos braços das vontades tão minhas que desenham por sobre meu rosto.
Aflito, estou, em meio aos sonhos que circundam meu ser, que força-me pegar a viola, empunha-la como espada, escudo contra fraqueza d’alma, balsamo repulsivo de coisas que vagam pela mente, e toco uma linda canção, após ouvir o dedilhado de Roberto Bach, andarilho das modinhas e do entoar de canções tão nossas com cheiro de gente e das coisas que me despertam o viver.
Carlos Silva