Sublime
Florada da Serra:
Abelhas zumbem;
Pétalas de floradas da serra caem;
Aroma sobe: é perfume de mel no ar.
Vela e Lamparina
Meu bruxulear irradia intensa luz;
Mas definha com mesma proporcionalidade.
Depende do estímulo e motivação do ambiente iluminado.
Lamparina
Com combustível acendo a tocha do meu olho.
Por eles circulam doces lares; sorrisos em buquê de flores;
Quatro paredes suadas: frio e enganosos amores.
Dou graças
Não importa-me ser pobre.
Menos ainda, dinheiro e bens materiais.
Pratico esportes, exerço longevidade.
Meus pulmões respiram a Natureza com saúde.
Chuva na Montanha
Eu miro o cenário até onde minhas vistas alcançam;
Chuva desaba do céu;
fertilidade cobre o solo.
Germinam versos;
Converso prosa;
Leio o clássico;
O nome da Rosa.
Folhas farfalham sob o balouçado;
Relva salpicada de pingos;
Pássaros esgaravatam;
O alimento nobre.
Olhos se fecham;
Coração pulsa;
Flores se abrem.
Chuva que vai e volta;
Volta e vai.
Café quente na xícara;
Mulher esparramada na cama.
Ai, ai: nem a solidão me dói.
Os segundos escasseiam para uns,
E alargam para outros.
Vidas se refazem,
Sopro divino.
Águas escorrem pelos veios;
Torvelinhos desfazem-se nas vertentes;
A benção flui pela gravidade;
É chuva na Montanha.