Um adeus, a Sebastião Dias
Quando morre um poeta a terra chora
O verde perde seu encanto de florir
Toda semente ja se nega produzir
O longo pranto do viver à vida implora
O pranto vem nesse instante sem demora
E a saudade tras a lança do sofrer
Agonizando tudo em volta quer morrer
Ceu e terra se balança em sofrimento
É muito triste ao chegar esse momento
Vendo a poesia agonizando falecer.
Quando um poeta fecha os olhos e vai simbora
A natureza entristece o seu cantar
Os passarinhos ja não podem avuar
Porque a cortina determina a triste hora
A terra toda nesse instante geme e chora
Rios diminuem a força do prosseguir
Os ventos tristes nem conseguem se bulir
Todas as folhas se contorcem em agonias
Foi bem assim com o nobre Sebastião Dias
Que fez em prantos toda terra sucumbir.
Carlos Silva
Cipó-BA.