Velhas Portas
Os incômodos de outrora são desejos loucos
desse presente tão confuso. Excluso ou não.
A defesa nociva num momento quase impróprio.
Envenenando-me sem que se perceba com esse
amargo ópio, guardado secretamente entre objetos esquecidos nas gavetas do meu armário.
A sujeira de ontem é a mais pura sensação de
liberdade que hoje não se faz presente. Talvez
presa em um local impossível de se encontrar.
Os ferimentos viraram gestos graciosos que
se perderam nas curvas sinuosas do inconsciente,
e jamais poderão contemplar a face tão marcada.
A vida é como um pássaro a voar sem limites
a grandes alturas. É não temer a queda defronte
a um grande tornado. Arrebentar as velhas
portas em nossas clausuras! E não sofrer
com as mágoas que se acumulam, calado.
Vi coisas tão simples com tanto a se dizer, que a
imensidão de bons sentimentos percorria todo
o meu quintal da alvorada ao crepúsculo. As
vistas sublimes da janela de meu quarto. E de fato, tudo se contrasta por esses dias nublados, que teimam em seguir comigo até o fim da estrada.
A vida é como um pássaro a voar sem limites
a grandes alturas. É não temer a queda defronte
a um grande tornado. Arrebentar as velhas
portas em nossas clausuras! E não sofrer
com as mágoas que se acumulam, calado.