CURIOSIDADES SOBRE A VIDA E A OBRA MUSICAL DE RAUL SEIXAS (16)
Durante toda a sua carreira artística, Raul Seixas compôs, pelo menos, uma canção com cada uma de suas cinco mulheres, extraindo delas um dom da composição que talvez nem soubessem que tinham.
Abaixo, Raul e uma letra de música ao lado de cada esposa e/ ou companheira sua, seguindo uma ordem cronológica.
LET ME SING, LET ME SING, 1972 (Raul Seixas e Nadine Wisner)
- Uah - bap - lu - bap - lah - béin - bum!!!
Let me sing, let me sing, let me sing my rock'n'roll.
Let me sing, let me swing, let me sing my blues and go, say.
Não vim aqui tratar dos seus problemas
O seu Messias ainda não chegou.
Eu vim rever a moça de Ipanema
E vim dizer que o sonho
O sonho terminou.
Eu vim rever a moça de Ipanema
E vim dizer que o sonho
O sonho terminou.
Let me sing, let me sing, let me sing my rock'n'roll, say!
Let me sing, let me swing, let me sing my blues and go.
Tenho 48 quilo certo,
48 quilo de baião.
Num vou cantar como a cigarra canta,
Mas desse meu canto eu não lhe abro mão.
Num vou cantar como a cigarra canta,
Mas desse meu canto eu não lhe abro mão.
Let me sing, let me sing, let me sing my rock'n'roll, say!
Let me sing, let me swing, let me sing my blues and go.
Num quero ser o dono da verdade
Pois a verdade não tem dono, não.
Se o "V" de verde é o verde da verdade
Dois e dois são cinco, né mais quatro não.
Se o "V" de verde é o verde da verdade
Dois e dois são cinco, né mais quatro não.
Let me sing, let me sing, let me sing my rock'n'roll, say!
Let me sing, let me swing, let me sing my blues and go.
Num vim aqui querendo provar nada
Num tenho nada pra dizer também.
Só vim curtir meu rockzinho antigo
Que não tem perigo de assustar ninguém.
Só vim curtir meu rockzinho antigo
Que não tem perigo de assustar ninguém.
Let me sing, let me sing, let me sing my rock'n'roll, say!
Let me sing, let me swing, let me sing my blues and go.
Let me sing, let me sing, let me sing my rock'n'roll, say!
Let me sing, let me swing, let me sing my blues and go.
- Uah - bap - lu - bap - lah - béin - bum!!!
SUNSEED, 1975 (Raul Seixas e Glória Vaquer)
You were born at the ending
As the curtain came down.
I can see you're confused girl
But it's all right
It's only the chime
Announcing a new time
You see now.
Boats are cruising the deserts
Oceans cracked by the heat
People drowning in raindrops.
But it's all right
It's not a defeat
Stand on your own feet
Right now the sun doesn't shine
He´s loaded on wine
Though I can laugh in the storm
Because I was born.
When the sun used to
Shine in June.
MATA VIRGEM, 1978 (Raul Seixas e Tânia Menna Barreto)
Você é um pé de planta que só dá no interior
No interior da mata, coração do meu amor.
Você é roubar manga com os moleques no quintal
É manga rosa, espada, guardiã no matagal.
Qual flor de uma estação, botão fechado eu sou
Se amadurecendo pra se abrir pro meu amor.
Qual flor de uma estação, botão fechado eu sou
Se amadurecendo pra se abrir pro meu amor.
Úmida de orvalho que o sol não enxugou
Você é mata virgem pela qual ninguém passou.
É capinzal noturno, escuro e denso protetor
De um lago leve e morno teu oásis seu amor.
Qual flor de uma estação, botão fechado eu sou
Se amadurecendo pra se abrir pro meu amor.
Qual flor de uma estação, botão fechado eu sou
Se amadurecendo pra se abrir pro meu amor.
SEGREDO DA LUZ, 1983 (Raul Seixas e Ângela Costa - KIKA)
Os olhos verdes que piscam no escuro de céu
Filho da luz, fui nascido da lua e do sol.
Nas noites mais negras do ano eu mostro minha voz.
Estrelas, estrelas,
As estrelas, elas brilham como eu!
As nuvens vagueiam no espaço sem lar nem raiz,
O ódio não é o real, é a ausência do amor.
Ao fim é um grande oceano, mãe, mãe filho e luz.
Humm... estrelas, estrelas...
As estrelas elas brilham com nós!
As trevas da noite assustam escondendo o segredo da luz.
Da luz que gargalha do medo do escuro
Que é quando os meus olhos não podem enxergar.
Dia, noite,
Se é dia sou dono do mundo e me sinto filho do sol.
Se é noite eu me rendo às estrelas em busca de um farol.
Ooohh... estrelas, estrelas!
As estrelas brilham como eu.
FAZENDO O QUE O DIABO GOSTA, 1988 (Raul Seixas e Lena Coutinho)
Casamos num motel, bem longe do altar
Lua de mercúrio, fogo e mel.
Não fui o seu primeiro, você já tinha estrada
Dois filhos, um travesseiro e a empregada.
Um anjo embriagado num disco voador
Jurou que o nosso amor era pecado.
Mas a história mostra que a gente agrada a Deus
Fazendo o que o Diabo gosta.
Casamos por tesão, tesão, tesão, tesão
Bateu o terror não tem mais solução.
Te entrego os meus medos, meus erros, meus segredos,
Divido minhas guimbas com você.
Um anjo embriagado num disco voador
Jurou que o nosso amor era pecado.
Mas a história mostra que a gente agrada a Deus
Fazendo o que o Diabo gosta.
Quebramos nossas caras pra se lamber depois
Amor é ódio, é o certo pra nós dois.
Casamos num motel, bem longe do altar
Lua de mercúrio, fogo e mel.
Fogo e mel.