Passarinho sem voo

Me censuro por devaneios incômodos

Demorei a cair em si

Minhas asas podadas por quem

Não sei

Tá certo

Eram ornamentos em mim

De medo do mundo

Desconfiança de tudo

Eu nunca voei

Me veio implume

Disposto a mudar meu costume

Me levou ao mais alto pico do amor

Sem cuidados arrancou minhas poucas penas

Desde então maus tempos me assolam

Tristezas loucuras não cessam

Desconfio de quem vem

De quem vai

De volta a divagações

Pergunto ao meu coração

Quando volto a ser feliz

As asas crescidas enfim

Voo sem medo do depois

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 19/09/2014
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