Vivência - Jorge de Altinho

Amo, amo,amo, simplesmente amo a letra dessa música.

Quem ainda não conhece, procure ouvir, é linda demais!

Vivência

Jorge de Altinho

Rumureja a água na fonte

Faz zumbido o vento no mar

Quem não tem de quem se lembrar

Vive como o balanço do mar

Eu vou no passo do compasso desta vida

A hora que se passa nunca mais é revivida

O passo verdadeiro que se pode dar na vida

É criar no coração um amor que dure toda a vida

Passarinho que passa voando

Onde vais, passarinho, pousar?

Vou também pela vida andando

Sem saber quando ter que parar

Noite clara é tempo de lua

Pois a lua da rua é luar

A saudade que eu tenho é tua

Vou cantar pra não ter que chorar

Eu vou no passo do compasso desta vida

A hora que se passa nunca mais é revivida

O passo verdadeiro que se pode dar na vida

É criar no coração um amor que dure toda a vida

Rumureja a água na fonte

Faz zumbido o vento no mar

Quem não tem de quem se lembrar

Vive como o balanço do mar

Eu vou no passo do compasso desta vida

A hora que se passa nunca mais é revivida

O passo verdadeiro que se pode dar na vida

É criar no coração um amor que dure toda a vida

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Biografia:Jorge de Altinho

Informação geral

Nome completo Jorge Assis de Assunção

Origem Olinda, Pernambuco

País Brasil

Gênero Forró

Instrumento Violão

Gravadora(s) RCA Victor, Emi-Odeon, Sony, RGE, Paradox, Warner Continental

Página oficial Jorge de Altinho

Jorge Assis de Assunção, conhecido como Jorge de Altinho (Olinda, PE), é um cantor e compositor brasileiro de Forró.

Nascido Jorge Assis de Assunção, na Rua Antonio Carlos Ferreira, 66, bairro de Salgadinho, da histórica e patrimônio mundial Olinda, em Pernambuco. Filho de Anízio Brasilino de Assunção e Maria Assis de Assunção, batizado na Igreja de São Judas Tadeu, no mesmo bairro, em frente ao Centro de Convenções de Pernambuco. Seu pai na época era proprietário de um posto de combustível, no bairro da Encruzilhada, em Recife. Decidido a uma vida mais tranqüila, quiçá obra do destino, mudou-se com a família para o município de Altinho, onde passou a negociar com secos e molhados, uma espécie de embrião do ramo de supermercados de hoje. Em Altinho, o menino Jorge iria passar uma infância típica das crianças de sua idade. Banhos de rios no Una e Taquara, somente interrompidos com a ida ao Grupo Escolar Professor Francisco Joaquim de Barros Correia. Querido pelos amigos, exercia liderança ao ponto de criar dois times de futebol infantis: o Estrela e o Cruzeiro. O futebol foi e continua sendo uma das paixões de Jorge.

A música sempre o fascinou, a ponto de copiar suas matérias escolares ouvindo canções. Chamou sua atenção "Menina linda", de Renato e seus Blue Caps, sucesso dos Beatles, e por curiosidade resolveu copiar a música inteira no caderno. Nascia involuntariamente seu envolvimento com a música de forma definitiva e irrevogável. O tempo e os fatos iriam comprovar.

Quase diariamente sua turma tinha por hábito reunir-se sob os coqueiros do colégio para acompanhar Zé Maria, filho de um grande seresteiro que residia em frente àquele local. Certo dia, todos queriam ouvir o sucesso mundial "Menina linda", mas ninguém conhecia a música de cor, foi então que surgiu Jorge, com a letra escrita no caderno, um hábito que conservava nos tempos do Barros Correia. Menino tímido, relutou em cantar sozinho. Queriam apreciar sua voz. Cedeu a insistência e acabou cantando. Foi o primeiro aplauso que recebia em sua vida. Uma tarde inesquecível para o sonhador Jorge e caíra as vestes da timidez. A partir daí Jorge tomou gosto e o caderno ganhou novas cópias. Era sempre procurado todas as vezes que o grupo se reunia para cantar músicas do momento. Um sinal do fã-clube que começava a brotar. Vieram as festas do colégio. Não poderia mudar a estrada que o destino havia lhe preparado. Matriculou-se na escola de música do município, onde chegou a fazer parte da filarmônica. Esses ensinamentos e o aprimoramento das lições de músicas em muito iriam lhe ajudar futuramente em sua carreira. Chega o início dos anos 70 e nesse clima de Jovem Guarda, criou o grupo musical The Big Boys, logo depois uma pequena orquestra de frevos e por fim um conjunto de chorinho, denominado de Cavaco & Viola.

Separado apenas por 30 quilômetros de Caruaru, considerado um dos maiores caldeirões culturais do Brasil, conviveu com os violeiros, aboiadores, coquistas, sanfoneiros, leitores de cordel, emboladores, além dos artesanatos de palha, couro e barro, do mestre Vitalino, despertou interesse pela música regional, manancial para suas músicas e fonte de permanente inspiração.

Em 1974, era aprovado em concurso para Secretaria de Transportes e Comunicações do Estado de Pernambuco e passou a trabalhar no sertão. Dessa experiência rica e marcante, que iria durar seis anos, nas regiões do Sertão Central, Moxotó, Araripe e São Francisco, somado à vivência acumulada e graças a sua percepção, começa a compor músicas ligadas a essas raízes. No encontro casual com o Trio Nordestino, surgiu uma grande afinidade com suas músicas, foi daí que o trio gravou "Sapo Cururu" e "Fole de Ouro", uma homenagem ao pai de Luiz Gonzaga; em seguida, "A Separação", "Forró quentão", "Amor demais", "Chamego proibido", "Mané Gambá" e o clássico "Petrolina-Juazeiro", que além do Trio Nordestino, foi gravada por Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Fagner e muitos outros artistas.

Seu primeiro disco seria gravado em 1980, pela Emi-Odeon, com 12 músicas de sua autoria. O sucesso surgiria em 1982, quando gravou o seu segundo álbum, o antológico "disco do chapéu", que, por ter sido prensado o vinil em uma fábrica e a capa em outra, o disco chegou primeiro e a repercussão foi tamanha que as pessoas levavam o disco para depois pegar a capa na loja. Alguns improvisaram a capa com cartolina, o que lhe valeu destaque e um fato curioso: ter sido o primeiro artista brasileiro a vender discos sem as capas.

Com mais experiência, lança em 1983 o disco "Canto Livre", que trazia como grande novidade elementos novos para a reoxigenação do forró. Uma vez que o famoso Jackson do Pandeiro já havia experimentado o clarinete e Luiz Gonzaga o piston. Como tinha formação musical filarmônica e ouvindo a orquestra do maestro Camarão, de Caruaru, resolveu resgatar a cultura interiorana que são as filarmônicas que geralmente se apresentam nas festas das igrejas interioranas acompanhando procissões, eventos cívicos, etc. Dessa fusão, adicionou o sax, o piston e trombone, a sanfona, triângulo e zabumba, instrumentos básicos que compõem a música nordestina. Assim, sem perder a originalidade ele foi pioneiro em introduzir os metais no forró.

A partir daí foi contratado pela RCA Victor, hoje BMG Ariola, onde ficou por 10 anos e gravou 16 discos, passando por algumas gravadoras como: Emi-Odeon, Sony, RGE, Paradox e Warner Continental, etc.

Ao longo de sua carreira ganhou o respeito e a estima de muitos amigos, como o saudoso Chacrinha, que o convidou a participar de dezena de programas, resultando em vários discos de ouro e o carinho de colegas, a exemplo de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alcione, Fagner, Zé Ramalho, todos com participações especiais em seus discos.

Hoje, com 29 álbuns entre vinis e CD, o artista reúne uma invejável bagagem musical, pois percorreu todo o Norte e Nordeste Brasileiro, cantando e encantando em clubes, exposições, festas de padroeiros, vaquejadas, aniversário de cidades, sempre com o mesmo entusiasmo do início da carreira, levando sempre uma mensagem de otimismo e um recado de amor, com a marca de seu balanço envolvente e com sua voz inconfundível.

Eis Jorge, que um dia foi de Olinda, de Caruaru, de Altinho e que hoje é do mundo, afinal suas obras pertencem ao universo dos amantes da boa música popular brasileira. Assim é Jorge, imutável pelo talento, corajoso como o sertanejo, detalhista, exigente em sua arte e sobretudo, o cancioneiro que fez o forró ganhar o mundo.

Discografia 2

1980 - O Príncipe do Baião

1982 - Meu Cantar

1983 - Canto Livre

1984 - Vida Viola

1985 - Nem que Pare o Coração

1986 - Clima de Festa

1987 - Calor de Verão

1988 - Cor e Brilho

1989 - Como Eu Quero

1990 - Sabor Brasil

1991 - Jorge de Altinho

1992 - Nas Águas Tropicais

1993 - Nas Asas do Destino

1994 - Caliente

1995 - Jorge de Altinho

1996 - Com Você na Cabeça

1998 - Jorge de Altinho

1998 - Nem a Lua Quer Me Ver

1999 - Jorge de Altinho

2000 - Ao Vivo

2001 - De Volta pra Casa

2002 - Canta o Trio Nordestino

2003 - Cantigas de Vaquejada

2003 - No Balanço da Rede

2004 - Acústico

2004 - As Marchinhas Juninas de Jorge de Altinho

2005 - Coração Nordestino

2005 - Ao Vivo (CD/DVD)

2010 - Dois Eus

2012 - 100 anos de Gonzagão

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Jorge de Altinho
Enviado por Giovânia Correia em 29/03/2014
Reeditado em 30/03/2014
Código do texto: T4748762
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