Última Vez
A porta bateu pela última vez, quando você me
deu as costas nessa manhã de inverno
Tudo ao meu redor se transformou em cinzas.
A claridade se desfez, fui lançado ao inferno!
Eu tive os seus carinhos por todos os minutos,
era compreendido e nadava em calmos oceanos
Mas de repente tudo se esvaiu, vi você em
passos firmes sepultando os nossos planos.
Volta para casa, amor verdadeiro que conheci
numa chuvosa quinta de março
Volta nessa linda tarde, extingue as minhas
dores e me envolva em seu abraço
Volta para casa, pois ela sem você é só
lágrimas pelos cantos. Volta às pressas, que o
meu corpo padece aos poucos e
minha alma vive aos prantos!
Lá se foram noventa dias que você fez sua mala,
e o sol nesse período foi apenas escuridão!
Definho-me aos poucos em cima do sofá da sala,
jogado às traças como um sarnento cão.
A dor é algo assombroso e dilacerante, ao
andar sem rumo pelos cômodos em
companhia das tristezas. Inchaços e vincos
moldam o meu semblante, a cada segundo
que se vai nesse mundo de incertezas...
Volta para casa, amor verdadeiro que conheci
numa chuvosa quinta de março
Volta nessa linda tarde, extingue as minhas
dores e me envolva em seu abraço
Volta para casa, pois ela sem você é só
lágrimas pelos cantos. Volta às pressas, que o
meu corpo padece aos poucos e
minha alma vive aos prantos!
A rapidez com que o tempo flui me mata
lentamente, e os pensamentos depressivos me
levam à loucura. Estou preso a sentimentos
rebeldes , sem rota de fuga, inerente: a uma
cela invisível, insustentável clausura!
Não há fome! Não há sede! Espero apenas o
último anoitecer, e o som da sua voz mais uma
vez antes de ir. Já pressinto a morte e a
intensidade do seu querer. Mas antes que tudo
se finde, eu quero de novo o seu beijo sentir.
Volta para casa, amor verdadeiro que conheci
numa chuvosa quinta de março
Volta nessa linda tarde, extingue as minhas
dores e me envolva em seu abraço
Volta para casa, pois ela sem você é só
lágrimas pelos cantos. Volta às pressas, que o
meu corpo padece aos poucos e
minha alma vive aos prantos!
A porta bateu pela última vez, quando você me
deu as costas nessa manhã de inverno...