da série músicas inesquecíveis: FALA - Secos & Molhados
Fala
Eu não sei dizer
Nada por dizer
Então eu escuto
Se você disser
Tudo o que quiser
Então eu escuto
Fala
lá, lá, lá, lá, lá, lá. lá, lá, lá
Fala
Se eu não entender
Não vou responder
Então eu escuto
Eu só vou falar
Na hora de falar
Então eu escuto
Fala
lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Fala
estes dias vi o Nei, em seu show Beijo Bandido, que encerra com esta canção do tempo dos Secos, da poesia do João Ricardo, a melodia lírica do Willy, a voz do Nei, a performance dos mascarados... a melhor parte do show é quando o Nei retira o paletó... só isso... acho que o único scriptease mais sensual que vi foi da Ellen Barkin em Vitimas de Uma Paixão, com Al Pacino (se não estou enganado de filme)... ressalte-se, uma linda mulher que se despe, enquanto um homem de 71 anos apenas retira o paletó... como dizem hoje em dia, que coisa mais gay... é mesmo, e se for para ser gay como o Nei, todos deveriamos ser... para quem não assistiu o show, tem na net um impactante vídeo dos Secos, interpretando O Vira... no final há uma rebolada do Nei que não é só dança, só manifestação corporal, só prazer... é provocação, ou, em tempos de ditadura, subversão... assim também pode ser entendida a letra desta canção, ou personificá-la, existencialmente, artisticamente... um poeta, quando se cala, deixa o mundo mais leve, todavia de um colorido menos real, como um jardim de flores plásticas... um poeta, quando se cala, é porque o mundo lhe está tão pesado, que só o silêncio é suportável...