Imagem: "Veredas da Saudade"
Série: "Paisagens Rurais de Minas Gerais"
Foto: Henrique Secundino.
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A PRIMEIRA PEDRA
Gênero: sertanejo tradicional.
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São tantas recordações / Da minha terra natal!...
Naquela terra distante / Deixei meu canavial,
Meu pé de laranja lima, / Meu café, meu cafezal,
As flores do meu jardim, / E as frutas do meu quintal!...
Ei, meus companheiros, / Foi quase uma insanidade
Deixar meu sertão querido / Para viver na cidade!
Para trás, deixei riachos, / Águas claras, cristalinas!
Minha casa de caboclo / Na encosta da colina.
Chegando à cidade grande, / Eu me cansei da rotina,
Tentei abafar meu tédio / Nos bares de cada esquina!
Ei, meus companheiros, / Chocou-me a realidade...
Abalaram-se as bases / Da minha dignidade!
Do sertão, guardei lembranças / Das noites de lua cheia!
Da primeira namorada: / A menina da aldeia!
A saudade da menina / Ainda me desnorteia...
Sonhando ainda sigo / Seus rastinhos na areia!
Ei, meus companheiros, / Como dói esta saudade!
Foi um sonho passageiro, / Minha breve mocidade.
Eu jamais me esquecerei / Do verde daquelas matas,
Das cores do arco-íris, / Do ruído das cascatas!
Do céu bordado de estrelas, / Do luar de ouro e prata,
Da viola companheira, / Das noites de serenata...
Ei, meus companheiros, / Vejam que dificuldade:
Preciso reaprender / O que é felicidade!
Hoje falo aos companheiros / De uma nova geração,
Que às vezes não endendem / A minha lamentação.
Se meus amigos sobessem / Como dói meu coração,
Saberiam por que choro / A cada recordação!
Ei, meus companheiros, / Falo com sinceridade:
Que atire a primeira pedra / Quem nunca sentiu saudade!
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Série: "Paisagens Rurais de Minas Gerais"
Foto: Henrique Secundino.
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A PRIMEIRA PEDRA
Gênero: sertanejo tradicional.
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São tantas recordações / Da minha terra natal!...
Naquela terra distante / Deixei meu canavial,
Meu pé de laranja lima, / Meu café, meu cafezal,
As flores do meu jardim, / E as frutas do meu quintal!...
Ei, meus companheiros, / Foi quase uma insanidade
Deixar meu sertão querido / Para viver na cidade!
Para trás, deixei riachos, / Águas claras, cristalinas!
Minha casa de caboclo / Na encosta da colina.
Chegando à cidade grande, / Eu me cansei da rotina,
Tentei abafar meu tédio / Nos bares de cada esquina!
Ei, meus companheiros, / Chocou-me a realidade...
Abalaram-se as bases / Da minha dignidade!
Do sertão, guardei lembranças / Das noites de lua cheia!
Da primeira namorada: / A menina da aldeia!
A saudade da menina / Ainda me desnorteia...
Sonhando ainda sigo / Seus rastinhos na areia!
Ei, meus companheiros, / Como dói esta saudade!
Foi um sonho passageiro, / Minha breve mocidade.
Eu jamais me esquecerei / Do verde daquelas matas,
Das cores do arco-íris, / Do ruído das cascatas!
Do céu bordado de estrelas, / Do luar de ouro e prata,
Da viola companheira, / Das noites de serenata...
Ei, meus companheiros, / Vejam que dificuldade:
Preciso reaprender / O que é felicidade!
Hoje falo aos companheiros / De uma nova geração,
Que às vezes não endendem / A minha lamentação.
Se meus amigos sobessem / Como dói meu coração,
Saberiam por que choro / A cada recordação!
Ei, meus companheiros, / Falo com sinceridade:
Que atire a primeira pedra / Quem nunca sentiu saudade!
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