ALMA PENADA
Assim como as almas penadas
E os cães que vagueiam sem dono
Vagueiam sem rumo e sem somo
A espera do amanhecer
Na busca talvez do prazer
Banal que a noite oferece
Entre as mariposas que rondam as luzes
E pedem dinheiro.
Que choram, que sonham,
que apanham da vida
que insistem em viver.
À noite é que tudo acontece
Padecem às tristes canções
Os corações amantes,
Boêmios errantes, e as desilusões.
E assim, quando enfim amanhece...
E o sonho parece acabar,
A bruxa das noites vazias
Cruel denuncia a tristeza no olhar.